segunda-feira, 19 de março de 2018


Caminhos Ferroviários e com Saudades... 

                                                                   *Irene Lopes Guimarães
               
        Até o governo de Juscelino Kubitschek as nossas ferrovias forma bem cuidadas e sempre progrediram. Entre os últimos presidentes, os que mais zelaram por nossas ferrovias foram Vargas e JK. De lá para cá só foram decaindo, contudo, a Ferrovia do Aço tenha sido uma obra de orgulhar nossa Engenharia Ferroviária e fortalecer nossa economia na área de mineração. A Ferrovia do Aço foi uma grande realização de causar orgulho a qualquer braseiro patriota. Eu a conheço tive o orgulho e a alegria de ter passado por ali, em uma exclusiva viagem, gentilmente concedidas aos velhos ferroviários aposentados do antigo 3º. Depósito de Três Rios (Estado do Rio de Janeiro – Brasil), que ficaram visivelmente emocionados em conhecer a grandiosa Via de escoamento de nossa riqueza mineral. Participei da histórica viagem em companhia de meu saudoso esposo Waldir da Silva Guimarães, com a finalidade de registrar jornalisticamente todo o percurso da viagem. Waldir, como apaixonado ferroviário que sempre foi, a todo instante me cobrava registro de tudo, nos mínimos detalhes, até das metragens dos trilhos e quantidade de dormentes que ali foram empregados. Um trabalho para ficar na história. Descrevendo aquela matéria jornalística, resolvi falar sobre outra, não menos valiosa, e que neste último, 29 de Março de 04, completaram seus 106 anos, o Viaduto Paulo de Frontin, considerado uma das mais extraordinárias obras de engenharia ferroviária do Brasil em todos os tempos. O importante Viaduto esta localizado nas proximidades da Estação Vera Cruz, tendo sido inaugurado em 29 de Março de 1808, notável trabalho dos engenheiros Paulo de Frontin e do João Alberto Masô, que conseguiram com competência inigualável erguer naquela Serra o único Viaduto Ferroviário em curva, do mundo! Contendo o total de 82 metros de comprimento e 34 metros acima do leito do Rio Santana, toda essa Obra fora montada no próprio local através dos grandes módulos de ferro, vindo da Bélgica com medidas e formatos especialmente desenhados pelos engenheiros brasileiros construtores de tão importante arquitetura ferroviária. Tanto assim que, disposto a preservar o notável monumento, o prefeito Roberto de Almeida , em 1997, aprovou a Lei No. 1.552 que Tomba por interesse urbano, social e paisagístico todo o Viaduto quanto as Pontes ferroviárias de Monte Líbano, Arcádia e Santa Branca.
         Nesta mesma Lei, foi incluído o Tombamento das estações de Gov. Portela e Miguel Pereira. Como é triste que matassem os tempos áureos das nossas ferrovias,  que transportavam nosso povo num romantismo sadio, folclórico, progressista e alegre.




         Atualmente os trens tal qual cobras metálicas se arrastam levando nossas riquezas minerais, mas vão também carregados de saudades e protestos de brasileiros que sabem que o Brasil só vai ser um País de 1º. Mundo, o dia que passar a trafegar sobre os “Caminhos Ferroviários”.  Três Rios, 31 de Março de 2004.
             De: *Irene Lopes Guimarães/ Escritora e Jornalista trirriense. (Editado por, Wilson Rodrigues de Andrade/FC.)
       

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