308 Anos – Mont’ Serrat – na Trilha traçada por entre o REGISTRO e seus personagens...
O
povoado de Paraibuna, no alvorecer do Século XVIII, transformou-se numa das
Roças mais frequentadas, roteiro que ligava Vila Rica ao Rio de Janeiro via
CAMINHO NOVO de Garcia Paes. Dentre os muito que por lá passaram e fizeram
pouso. Junto às passagens dos rios
Paraíba e Paraibuna tornaram-se mais numerosos pousos, roças e vendas. Mais importante mesmo era a Edificação
imponente do REGISTRO GERAL – espécie de Alfandega da época em que tinha por
objetivo evitar o contrabando do Ouro e pedras preciosas extraídas de Minas
Gerais, mas no local também servia, ainda, para arrecadar os quintos pelo
direito de passagem das riquezas obtidas de forma legal nas cidades mineiras,
se faz necessário ressaltar que o REGISTRO
GERAL DE PARAIBUNA foi Instalado no ano de 1711 por iniciativa de Garcia
Rodrigues Paes, fora criado no Local um
quartel para o abrigo da Policia Montada, deste modo proporcionou segurança
para o CAMINHO NOVO.
E, dentre os muito que passaram e marcaram época
na edificação Histórica- cultural (Monumento ainda de pé, ainda em mau estado
de conservação). Escrivão do Registro com seus 28 de idade – Pedro Correa de
Castro; o Administrador, coronel português, Luis Alves de Freitas Belo; Joaquim
Silvério dos Reis, um moço recém-chegado de Portugal ao Brasil, de negócios
diversos; Alferes da Cavalaria, Joaquim José da Silva Xavier – o Tiradentes, de
relevante lugar em nossa História. Hilário Joaquim de Andrade, futuro Barão do
Piabanha, filho do português Capitão Cristovão Rodrigues de Andrade que chegou
por volta de 1780 (adquiriu a Fazenda de Paraibuna) e Ana Esméria, Hilário
Joaquim de Andrade o que ficou com a Fazenda Serraria, muito contribuiu para o
povoamento de Mont’ Serrat, ele com o
baronato da Região, entre eles o Barão de Entre Rios que juntos desenvolveram as localidades; o Casal Mariana Neves e José
Pontes França oriundos das Minas Gerais fixaram residência e Mont’ Serrat, e
João Correa Tavares recém-chegado de Portugal; o Governador Luiz da Cunha
Menezes, o que teve seu nome no Caminho paralelo para melhor vigilância do contrabando. A próspera Mont’ Serrat a partir de então,
tornou-se bastante conhecida. Somente a partir de 1720 o governador das Capitanias do Rio de Janeiro ( Ayres de
Saldanha de Albuquerque e de Minas Gerais ( D. Pedro de Almeida) acordaram em
manter o Registro em terras mineiras (no Município de Simão Pereira/MG), mas sob a direção e
segurança do governo fluminense. Em fins de 1726, foi arrematado o contrato dos
“ Direitos das Passagens da Parayba e Parahybuna” por Joaquim Ferreira Varella. Três anos
depois , o mesmo contrato foi arrematado por Pedro Pinto da Costa.
(*WRA/ Pesquisa e Organização de Texto - Wilson Rodrigues de Andrade/COMPAZ/FC./2018.)