Escravo africano – Mãos e Pés na construção da Civilização brasileira
*
De: Wilson Rodrigues de Andrade
/FC.
(Textos/pesquisa, organização de
Texto e Produção Editorial)
“Uma Pátria respeitada, não tanto pela grandeza do seu Território como pela união
dos seus filhos; não tanto pelas leis escritas, tanto quanto pela convicção de
honestidade e justiça do seu governo; não tanto pelas instituições deste ou
daquele molde, como pela prova real de que essas instituições favorecem, ou,
quando menos, não contrariam a liberdade e desenvolvimento da Nação.” Evaristo
Ferreira da Veiga.
Milhões de Afro-Brasileiros vivem ainda hoje sob as mesmas condições
precárias que seus ancestrais, libertos 131 anos atrás. Para eles, o Brasil
oferece poucas perspectivas além do ciclo de violência de então. Trafegam, até
nossos dias também, pelas esferas das desigualdades. Em
13 de maio de 1888, com a Lei Áurea, Isabel a Princesa herdeira aboliu a
escravatura, sem uma guerra civil sangrenta; como nos Estados Unidos, nem uma
revolta de escravos bem-sucedida, do mesmo modo como no Haiti, em 1794.
O Brasil
foi o último País das Américas a dar fim à escravidão, e isso só depois desse
sistema econômico ter se esvaziado. O balanço de seus cerca de 350 anos é
atroz: um de cada dois africanos traficados, veio parar no Brasil, 2 milhões só
no Rio de Janeiro, um total de 5,8 milhões ao longo de nosso Litoral.
A sede de
suor humano das plantações brasileiras era insaciável. Calcula-se que um entre
dez africanos já morria na travessia. Chegadas ao País, famílias eram
separadas; os homens enviados para o trabalho no campo nas Regiões mais
distantes, enquanto suas companheiras, estupradas pelos senhores brancos,
colocavam no mundo uma geração de brasileiros após a outra. Aos senhores não
bastava explorar a natureza e os seres humanos, eles dominavam seus servos
literalmente em carne e osso. Apesar disso, mantém-se até nossos dias a crença
de que a escravidão daqui foi mais humana do que em outras partes. Contribuem
para tal as imagens e relatos que temos para observar daquela época, as quais
raramente refletiam a cruel realidade.
Milhões de afro-brasileiros vivem atualmente sob as mesmas condições
precárias que seus ancestrais, os libertos há 131 anos. Os pobres barracos das
Favelas das periferias e de povoados em Centros urbanos de nosso Brasil – lembram
os do Século IX, das cerca de 60 mil vítimas de violência, a cada ano, dois
terços são jovens negros, assim como dois terços dos detentos nas
penitenciárias; estes amontoados Brasil afora! (Pesquisa de Texto/ *Wilson
Rodrigues de Andrade- Produtor Editorial- Jornalista/FC.)
Legado e contribuição
de um Povo
África Berço ancestral e Civilizatório. A
brasilidade passa
pelo resgate de nossa africanidade, suas manifestações, seus costumes e seu Legado
– ao resultar, assim, nossa Pátria Mestiça.
A preservação histórica -
econômica e sociocultural, exige de cada um de nós, Respeito e Gratidão para
com os Laços da Diversidade/Identidade Étnica no contexto de nossa Herança.
Hoje. Os valores que carregamos na alma; o legado na música e sua musicalidade
acompanham e seu gingado, a literatura, suas tradições, o envolvimento das
expressões e conteúdos materiais e imateriais.
Tudo em forma de
Canção! Sua contribuição consistiu em trazer as Impressões
Artísticas e Culturais, organizações e movimentos políticos e sociais Negros
para o Centro da cena, entre escravizados e forros, trânsitos de africanos livres
por entre África e Brasil, e outros no aparto Transatlântico, após 1822. Os que
sofreram injustiças conseguiram transformar em Diálogos entre Culturas. ‘ Os
que defenderem a exclusão da África na História não entenderá o Brasil’ *WRA/12.