sábado, 26 de setembro de 2015

Via UNIC-Rio/COMPAZ-FC.

Apesar de progressos, 2014 foi um ano de ‘discórdia, doença e distúrbios’, afirma chefe da ONU

Em retrospectiva, Ban Ki-moon destacou que a ONU chegou a seu limite para superar necessidades humanitárias e conter violência no mundo. No entanto, lembrou de ganhos alcançados no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e no rascunho sobre o acordo do clima.
Secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. Foto: ONU
Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. Foto: ONU
Um ano de “discórdia, doença e distúrbios”. Foi assim que o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, resumiu os 12 meses de 2014, durante retrospectiva realizada aos repórteres reunidos na última coletiva de imprensa oficial na Organização das Nações Unidas/ONU deste ano, que aconteceu em Nova York, nesta quarta-feira (17). Durante este período, as operações de paz, diplomacia e capacidades humanitárias foram levadas ao seu limite máximo ao responder simultaneamente ao surto do ebola, ao fortalecimento de grupos terroristas e conflitos contínuos na África, Oriente Médio e Leste da Europa.
Como resultado da escalada de violência, desastres naturais e doenças, mais de 100 milhões de pessoas precisam atualmente de ajuda humanitária e 50 milhões foram deslocadas de suas casas pelas crises em todo o mundo, a maior cifra desde a Segunda Guerra Mundial.
Prestes a viajar aos quatros países mais afetados pelo ebola neste momento – Guiné, Libéria, Mali e Serra Leoa – o chefe da ONU reconheceu que àqueles comprometidos em pôr fim a doença estão realizando um “trabalho heroico” ao implementar uma estratégia que começa a dar resultados.
Sobre as hostilidades entre Israel e Palestina, Ban pediu a seus líderes para assumir suas responsabilidades e “se afastar do precipício”, apaziguando as tensões e impulsionando a solução de dois Estados. Segundo ele, a ocupação é ilegal e não há nenhuma outra alternativa para os vizinhos israelenses e palestinos do que viver em paz.
Para o chefe da ONU, 2015 tem que ser o ano do fim do “pesadelo” na Síria e um período de combate ao extremismo e ao aumento de partidos políticos radicais de direita, cujos alvos são as minorias, migrantes e, em particular, os muçulmanos.
No ano em que as Nações Unidas comemorarão o seu 70º aniversário, Ban enfatizou que 2015 deve impulsionar a ação global e convocou os países a serem ambiciosos na elaboração da nova agenda de desenvolvimento e no acordo da mudança climática que serão definidos em setembro e dezembro do próximo ano.
Antecipando a Agenda para os próximos meses, o secretário-Geral também enfatizou que o ano oferece uma oportunidade única para traçar uma nova era no Desenvolvimento Sustentável. Entre as atividades previstas estão a revisão que ocorrerá do trabalho da ONU sobre operações de paz, construção de paz, financiamento humanitário e implementação da Resolução 1325 de 2000 do Conselho de Seguração sobre Mulheres, Paz e Segurança.
Apesar dos desafios enfrentados em 2014, o chefe da ONU ressaltou alguns ganhos obtidos, como o progresso no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Afirmou ainda que os Estados-membros “avançaram em várias frentes” durante a Conferência das Partes (COP 20) em Lima (Peru), que conseguiu avançar em relação ao já alcançado na Cúpula do Clima da ONU, convocada pelo próprio Secretário-Geral em Setembro.
Além de chegarem a um acordo sobre o texto de rascunho que será levado para a próxima ronda de negociações – em Paris, em 2015 – os Estados-membros esclareceram seus planos de mitigação e os compromissos que serão incluídos nas ações nacionais; capitalizaram o Fundo Verde para o Clima com uma soma inicial de 10 bilhões de dólares; e avançaram a agenda de ação desenhada para mostrar a riqueza de oportunidades oferecidas pela transição para uma economia com baixa emissão de gás carbônico.
Ao responder a uma pergunta sobre o Relatório sobre Tortura publicado recentemente pelo Senado dos Estados Unidos, Ban mencionou que este fato é um lembrete doloroso, que mostra que mais esforços são necessários para eliminar a tortura em todos os lugares. A proibição da tortura é um “princípio absoluto”, declarou, felicitando o trabalho por “lançar uma luz” sobre o ocorrido e iniciar um debate, não apenas nos Estados Unidos, mas em todo o mundo, sobre a importância de acabar com a tortura de uma vez por todas.

Via UNIC-Rio/COMPAZ-FC.

ONU destaca ‘falência’ entre necessidades humanitárias e fundos

“Estamos aqui hoje para falar de um sistema que não deixou de funcionar, mas está falido”, disse o subsecretário-geral para Assuntos Humanitários, Stephen O’Brien aos participantes da discussão sobre o futuro do financiamento humanitário.
 Mulheres deslocadas no Sudão do Sul voltam para seus abrigos após receber ajuda humanitária do ACNUR. Foto: ACNUR/ D.S. Majak
Mulheres deslocadas no Sudão do Sul voltam para seus abrigos após receber ajuda humanitária do ACNUR. Foto: ACNUR/ D.S. Majak
Neste sábado (26/Set./15), as discussões dos líderes globais sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – adotados por unanimidade na véspera na Sede da ONU, em Nova York – tocaram um dos maiores desafios atuais: o crescimento da brecha entre o número de pessoas que precisam de assistência humanitária e os recursos necessários para oferecer essa ajuda.
“Estamos aqui hoje para falar de um sistema que não deixou de funcionar, mas está falido”, disse o Subsecretário-Geral para Assuntos Humanitários, Stephen O’Brien aos participantes da discussão sobre o futuro do financiamento humanitário. Os apelos para operações de emergência subiram em mais de 600% na última década e têm, atualmente, um valor estimado em 20 bilhões de dólares.
Em 2015, a maior parte desse fundo foi destinado a cinco emergências: Síria, Iraque, Sudão do Sul, República Centro-Africana e República Democrática do Congo. “A ajuda humanitária foi desenhada para ser uma medida temporária – uma caixa de primeiros socorros”, observou O’Brien. “Mas hoje, vemos que estamos oferecendo primeiros socorros há anos, enquanto as causas subjacentes da crise continuam sem tratamento.”
O’Brien ressaltou que em muitos casos, as organizações humanitárias se transformam nos principais fornecedores de serviços essenciais, como acesso à água, educação ou saúde, criando dependência e derivando fundos destinados ao desenvolvimento e outras áreas dos governos nacionais.
Em um esforço para encontrar soluções, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, estabeleceu um painel de alto nível para o financiamento humanitário. Os especialistas devem fornecer suas recomendações , até novembro de 2015, a tempo de serem incorporadas na Cúpula Mundial Humanitária, que acontecerá em Maio de 2016 em Istambul (Turquia).
No Encontro deste sábado, O’Brien sublinhou que espera que essas recomendações incluam maneiras de vencer a relutância de investir em grupos locais por causa de problemas de monitoramento e responsabilização. “Grupos locais, incluindo Organizações de mulheres, são chave para a construção de resiliência e são a melhor maneira de criar um impacto duradouro nas Comunidades que elas servem”, concluiu.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Via UNIC-Rio/ COMPAZ-FC

Segunda-feira, 28 de setembro: Brasil abre debate geral da 70ª sessão da Assembleia Geral da ONU

Os chefes de Estado e de Governo de todos os 193 Estados-membros da ONU fazem uso da palavra durante o debate geral.
UNGA70Começa, nesta segunda-feira, 28 de setembro, o debate geral anual da Assembleia Geral da ONU, que conta com a participação de chefes de Estado e de Governo dos 193 Estados-membros das Nações Unidas. Como é tradição desde a primeira Assembleia Geral, que aconteceu em 1947, o Brasil abrirá o debate geral, que continua até o dia 3 de outubro.
O debate geral deste ano acontece logo após a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável 2015, que acontece entre os dias 25 e 27 de setembro, na sede da Organização, em Nova York (EUA). Durante a Cúpula será adotada a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) – um conjunto de 17 metas para promover a ação da comunidade internacional e dos governos nacionais com o objetivo de alcançar a prosperidade e o bem-estar de todos até 2030.
O debate geral da 70ª sessão da Assembleia Geral da ONU pode ser acompanhado, ao vivo, através do site http://webtv.un.org/ 
Todos os detalhes, incluindo a agenda, documentos e demais informações estão disponívies nos seguintes sites:
Um fórum para negociação multilateral
Fundada em 1945 sob a Carta das Nações Unidas, a Assembleia Geral ocupa uma posição privilegiada como o Centro deliberativo, formulador de políticas e órgão representante da Organização das  Nações Unidas/ONU.
Formada por todos os 193 Estados-membros das Nações Unidas, fornece um Fórum único para a discussão multilateral de todo o espectro de questões internacionais abrangidas pela Carta e desempenha também um papel significativo no processo de normalização e codificação do Direito Internacional. A Assembleia- Geral se reúne intensamente de Setembro a Dezembro de cada ano e, posteriormente, quando necessário.
Funções e poderes da Assembleia Geral
A Assembleia Geral da ONU tem o poder para fazer recomendações aos Estados sobre questões internacionais de sua competência. Ela também iniciou ações – políticas, econômicas, humanitárias, sociais e jurídicas – que têm afetado a vida de milhões de pessoas em todo o mundo.
De acordo com a Carta das Nações Unidas, a Assembleia Geral pode:
  • Analisar e aprovar o orçamento das Nações Unidas e estabelecer as avaliações financeiras dos Estados-membros;
  • Eleger os membros não permanentes do Conselho de Segurança e os membros de outros conselhos e órgãos das Nações Unidas e, por recomendação do Conselho de Segurança, nomear o secretário-geral;
  • Analisar e fazer recomendações sobre os princípios gerais de cooperação para a manutenção da paz e segurança internacionais, incluindo o desarmamento;
  • Discutir quaisquer questões relativas à paz e segurança internacionais e, exceto quando uma disputa ou situação está sendo discutida no momento pelo Conselho de Segurança, formular recomendações sobre ela;
  • Discutir, com a mesma exceção, e fazer recomendações sobre quaisquer questões no âmbito da Carta ou que afete os poderes e funções de qualquer órgão das Nações Unidas;
  • Iniciar estudos e fazer recomendações para promover a cooperação política internacional, o desenvolvimento e a codificação do direito internacional, a realização dos direitos humanos e das liberdades fundamentais e a colaboração internacional nos campos econômicos, sociais, humanitários, culturais, educativos e de saúde;
  • Fazer recomendações para a solução pacífica de qualquer situação que possa prejudicar as relações amistosas entre os países;
  • Considerar os relatórios do Conselho de Segurança e outros órgãos das Nações Unidas.
  • A Assembleia pode também tomar medidas em casos de ameaça à paz, violação da paz ou ato de agressão, quando o Conselho de Segurança não conseguiu atuar devido ao voto negativo de um membro permanente.
A busca pelo consenso
Cada um dos 193 Estados-membros da Assembleia tem um voto. As votações realizadas sobre questões designadas importantes – como recomendações sobre a paz e a segurança, a eleição dos membros do Conselho de Segurança e do Conselho Econômico e Social (ECOSOC) e as questões orçamentárias – exigem uma maioria de dois terços dos Estados-membros, mas outras questões são decididas por maioria simples.
Nos últimos anos, um esforço tem sido feito para alcançar um consenso sobre as questões, em vez de decidir por uma votação formal e, desta forma, reforçar o apoio para as decisões da Assembleia - Geral. O presidente, após ter consultado e chegado a um acordo com as delegações, pode propor que uma resolução seja aprovada sem votação,
Informações para a imprensaCentro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio)
Valéria Schilling e Gustavo Barreto
(21) 2253-2211 e (21) 98202-0171 | (21) 98185-0582
valeria.schilling@unic.org | barretog@un.org
www.nacoesunidas.org
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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Via UNIC-Rio/COMPAZ-FC.

Começa sexta-feira (25) a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável


Cerca de 150 líderes mundiais devem participar da Cúpula, que acontece na sede da ONU em Nova York, com o objetivo de adotar uma nova agenda de desenvolvimento sustentável.

Cúpula da ONU sobre Desenvolvimento SustentávelMais de 150 líderes mundiais são esperados para participar na Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, que acontece entre 25 e 27 de Setembro de 2015, na sede da ONU em Nova York, para adotar formalmente uma nova Agenda de Desenvolvimento Sustentável. Esta Agenda servirá como Plataforma de Ação da Comunidade Internacional e dos governos nacionais na promoção da prosperidade comum e do bem-estar para todos ao longo dos próximos 15 anos.
Em uma Declaração emitida após o consenso alcançado pelos Estados-membros sobre o Documento final da Cúpula, em 2 de agosto de 2015, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, disse: “[O acordo] abrange uma agenda universal, transformadora e integrada que anuncia um momento decisivo histórico para nosso mundo”.
“Esta é a Agenda do Povo, um plano de ação para acabar com a pobreza em todas as suas dimensões, de forma irreversível, em todos os lugares, não deixando ninguém para trás”, disse.
Acordada pelos 193 Estados-membros da ONU, a agenda proposta, intitulada “Transformando Nosso Mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, consiste de uma Declaração, 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e 169 metas, uma seção sobre meios de implementação e uma renovada parceria mundial, além de um mecanismo para avaliação e acompanhamento.
A Agenda é única em seu apelo por ação a todos os países – pobres, ricos e de renda média. Ela reconhece que acabar com a pobreza deve caminhar lado a lado com um plano que promova o crescimento econômico e responda a uma gama de necessidades sociais, incluindo educação, saúde, proteção social e oportunidades de trabalho, ao mesmo tempo em que aborda as mudanças climáticas e proteção ambiental. Ela também cobre questões como desigualdade, infraestrutura, energia, consumo, biodiversidade, oceanos e industrialização.
A nova Agenda de Desenvolvimento Sustentável se enquadra no êxito do resultado da Conferência sobre o Financiamento para o Desenvolvimento, recentemente concluída em Adis Abeba (Etiópia). Espera-se que ela também afete positivamente as negociações sobre um novo acordo climático significativo e universal, que acontecerá em Paris (França), em dezembro deste ano.
Mais de 150 líderes mundiais são esperados para participar na Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, que acontece entre 25 e 27 de Setembro de 2015, na sede da ONU em Nova York, para adotar formalmente uma nova Agenda de Desenvolvimento Sustentável. Esta Agenda servirá como Plataforma de Ação da Comunidade Internacional e dos governos nacionais na promoção da prosperidade comum e do bem-estar para todos ao longo dos próximos 15 anos.
Em uma Declaração emitida após o consenso alcançado pelos Estados-membros sobre o Documento final da Cúpula, em 2 de agosto de 2015, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, disse: “[O acordo] abrange uma agenda universal, transformadora e integrada que anuncia um momento decisivo histórico para nosso mundo”.
As negociações intergovernamentais sobre a composição das metas durou mais de dois anos e incluiu numerosas contribuições da Sociedade Civil e outras partes interessadas. As consultas inclusivas e transparentes levaram ao alcance de um consenso em 2 de agosto do documento final para a nova agenda de desenvolvimento sustentável.
A nova Agenda será oficialmente adotada pelos líderes mundiais na Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, que acontece nos dias 25, 26 e 27 de Setembro de 2015.
Acesse a página especial sobre este assunto: http://nacoesunidas.org/pos2015/
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU

Via UNIC-Rio/COMPAZ-FC.

Sede da ONU em Nova York é iluminada com projeções e vídeos sobre os novos Objetivos Globais

Campanha chamou atenção da comunidade internacional para a Cúpula da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável, que vai reunir, no próximo final de semana, mais de 150 líderes mundiais na cidade.
Projeção no prédio da ONU de imagens referentes ao ODS 4: educação de qualidade para todos. Foto: UNIC Rio/Gustavo Barreto
Projeção no prédio da ONU de imagens referentes ao ODS 4: educação de qualidade para todos. Foto: UNIC Rio/Gustavo Barreto
Na noite desta terça-feira (22/Set.15), o prédio do Secretariado das Nações Unidas em Nova York foi iluminado com projeções de vídeos sobre os novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que os Estados-membros vão adotar oficialmente no próximo fim de semana. A iniciativa fez parte da campanha dos Objetivos Globais, promovida pelo cineasta Richard Curtis em parceria com a ONU.
“Achamos que foi um momento para conscientizar”, afirmou a subsecretária-geral da ONU para Informação Pública, Cristina Gallach. Na sexta-feira (25/Set.15), terá início a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, que vai reunir mais de 150 líderes mundiais em Nova York para discutir e adotar a nova agenda global dos próximos 15 anos. No sábado (26), as filmagens projetadas na terça... serão exibidas no Festival do Cidadão Global e transmitidas mundialmente.
O objetivo da campanha dos Objetivos Globais é atingir 7 bilhões de pessoas pelo mundo, ao longo de sete dias, levando informações sobre os ODS para toda a comunidade internacional. A adoção da Agenda 2030 pelos Estados-membros poderá ter consequências positivas para os acordos que serão firmados na Conferência do Clima da ONU, em Dezembro.
“Claramente, qualquer coisa que acontecer em qualquer parte desse mundo tem efeitos em muitos outros lugares – da crise financeira global a conflitos e migrações, nós sentimos em todo lugar – até desastres naturais e mudanças climáticas”, comentou a Conselheira Especial do Secretário-Geral da ONU para o Planejamento do Desenvolvimento Pós-2015, Amina J. Mohammed.

Via UNIC-Rio/COMPAZ-FC.

VÍDEO: Mundo precisa investir na agenda de desenvolvimento sustentável

“Tratam-se de estilos de vida, sobre como nós consumimos e produzimos, porque claramente não podemos mais continuar testando o planeta da maneira que nós fazemos”, diz Amina J. Mohammed, conselheira especial da ONU para o planejamento da agenda pós-2015. “Uma coisa sobre este maravilhoso planeta que temos, a casa que temos, é que ele pode existir sem nós, nós é que não podemos existir sem ele”, diz a representante da ONU.

Assista neste vídeo e acompanhe em www.onu.org.br/pos2015

22.09.2015 - UNESCO Office in Brasilia


Diretora-geral da UNESCO defende diversidade cultural em resposta a ataques extremistas na Síria e no Iraque

A diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, fez uma defesa veemente da diversidade cultural no mundo, na última segunda-feira (21/09/2015).

Ao falar na abertura do Seminário Internacional Cultura e Desenvolvimento, no Cine Odeon, na cidade do Rio de Janeiro, ela afirmou que a promoção da diversidade cultural é uma resposta aos ataques extremistas na Síria e no Iraque, destacando também que os investimentos em cultura são um caminho para o desenvolvimento.

"Quando a cultura está sob ataque, um modo de responder é promover ainda mais a diversidade cultural, incentivando a criação e o trabalho dos artistas, deixando que a criatividade aflore como uma força de dignidade, resiliência e desenvolvimento", disse Irina Bokova.
Promovido pelo Ministério da Cultura do Brasil em parceria com a UNESCO, por ocasião dos 70 anos da Organização, o seminário também celebra os 10 anos Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais. Ao lado do ministro da Cultura do Brasil, Juca Ferreira, a diretora-geral da UNESCO disse que os ataques a bens culturais e ao patrimônio histórico na Síria e no Iraque não têm precedentes.
"Quero ser bem clara desde o princípio: proteger e promover a diversidade cultural é mais que uma questão cultural. É uma questão de cidadania. É uma questão de valores humanos, uma questão central da dignidade e do desenvolvimento humanos", disse Irina Bokova.
O ministro Juca Ferreira enfatizou a importância da Convenção, considerada por ele "um dos acordos mais importantes desde a queda do muro de Berlim". Ele e Irina Bokova lembraram o protagonismo do governo brasileiro na época da aprovação da Convenção, com o então ministro Gilberto Gil à frente do Ministério da Cultura. 
Juca Ferreira lembrou que o Ministério da Cultura, desde 2003, passou a construir políticas culturais sob três eixos: a cultura como direito de todos, como economia e como dimensão simbólica. "Considerando essas três dimensões, o Brasil impulsiona a agenda de desenvolvimento", afirmou ele. 
O ministro fez menção à onda de violência na Síria e às suas consequências, dizendo que é impossível "ficar indiferente diante da atitude hostil e violenta aos refugiados". Ele enfatizou ainda a necessidade de respeito e reconhecimento à cultura alheia: "Sonho com um mundo arco-íris, como diria Mandela. Ao longo dos últimos 50 anos, a diversidade cultural vem conquistando status de um novo sujeito de direito, direito à cultura, de direito à singularidade cultural. Buscamos uma sociedade humana capaz de enfrentar seus desafios em paz", afirmou Juca Ferreira.
Ao final da cerimônia de abertura, o cantor, compositor e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil fez uma apresentação surpresa aos presentes no Cine Odeon. Usando somente voz e violão, o rápido show contou com músicas conhecidas em sua carreira, incluindo uma em francês - Touche pas à mon pote -, que ele dedicou à diretora-geral da UNESCO, sua amiga Irina Bokova.
O Seminário Internacional Cultura e Desenvolvimento segue até a próxima quarta-feira (23/09/2015) e tem em sua programação oito mesas de debates, com 16 palestrantes de renome nacional e internacional. 
Assessoria de Comunicação MinC/ Unesco/ Folha Cultural
23.09.2015 - UNESCO Office in Brasilia

Diretora-geral da UNESCO visita Museu do Índio

© Museu do Índio/Paulo Múmia

A diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, visitou o Museu do Índio na última segunda-feira (21/09/2015), na cidade do Rio de Janeiro, onde entregou novos produtos do Programa de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas (PROGDOC) a representantes de cinco etnias brasileiras: Paresi, Karajá, Enawene Nawê, Maxakali e Kaiapó. Realizado pelo Museu do Índio e a Fundação Nacional do Índio em parceria com a UNESCO, o programa documentou o modo de vida, a cultura, o conhecimento e as línguas de povos indígenas no Brasil.

Irina Bokova destacou a preocupação da Unesco com a salvaguarda dos idiomas indígenas e lembrou que "cada língua que desaparece é toda uma memória, toda uma cultura que desaparece". Ela disse também que preservar esse patrimônio extraordinário para a humanidade é um dever de todos.
Entre as ações do PROGDOC, estão a formação de pesquisadores indígenas e a criação de arquivos digitais, em centros de documentação nas aldeias e no Museu do Índio. Instituições de pesquisa do Brasil e do exterior participaram da iniciativa.
O Projeto de Documentação de Línguas (ProDoclin), que faz parte do PROGDOC, resultou em publicações e material audiovisual produzidos em campo. Esses registros serão distribuídos entre as aldeias e as escolas indígenas, a fim de servir de instrumento de pesquisa e ensino aprendizagem por parte das comunidades.
Neste início do Século 21, documentar as línguas e as culturas indígenas tornou-se uma tarefa urgente. Trata-se de um patrimônio que se encontra sob a ameaça de desaparecer, em grande parte, no decorrer das próximas décadas. O Museu do Índio/FUNAI e a UNESCO incentivam esses projetos com o objetivo de fortalecer os conhecimentos e as práticas culturais compartilhadas por diferentes etnias.
A cerimônia contou com a presença do ministro da Cultura, Juca Ferreira, e do presidente da Funai, João Pedro Gonçalves da Costa.
Para o presidente da Funai, os resultados do programa são motivo de comemoração. Gonçalves da Costa destacou o trabalho do Museu do Índio na guarda da história dos povos indígenas brasileiros e ressaltou a importância desse tipo de políticas públicas, pois "muito ainda precisa ser feito pela juventude, pelas crianças, pela sociedade plural de nosso país".
O ministro Juca Ferreira disse que "não haverá democracia no Brasil se nós não definirmos um papel importante para os povos indígenas dentro da nossa sociedade, garantindo seus territórios, garantindo a possibilidade de preservação das suas tradições e aparelhando-os para que eles possam alcançar uma relação de igual para igual com a sociedade nacional".
O PROGDOC beneficia 35 etnias de norte a sul do Brasil e abrange quatro projetos - Prodoclin (de línguas indígenas), Prodocult (de culturas), Prodocerv (de preservação de acervos) e Prodocson (de documentação sonora). Até o momento, já foram realizadas 331 oficinas de vídeo, de texto e de qualificação de acervo.
A presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Jurema Machado; o diretor do Museu do Índio, José Carlos Levinho; e o cacique Akijaboro Kayapó também estavam presentes. Irina Bokova e os demais convidados aproveitaram para visitar a exposição "No caminho da miçanga, um mundo que se faz de contas".
 Assessoria de Comunicação Museu do Índio/Rio - Folha Cultural. 

  Fest' Art. Vale/ *F C / Festival Show de Artes pela Cultura de PAZ / COMPAZ *Folha Cultural / NaArt - Vale + Parceiros Afins. (Equipes...