sábado, 16 de janeiro de 2021

 

IPHAN. Oito Décadas de serviço ao Brasil.

                                                                    *Wilson Rodrigues de Andrade/FC.

             Há 84 Anos, antes que qualquer outro País do Continente Americano, o Brasil criou uma Lei e uma Instituição Federal para identificar, proteger e valorizar nosso vasto e diverso PATRIMÔNIO CULTURAL.

            Essa iniciativa, de forma distinta das experiências internacionais, não estava ligada a saudosismo ou ao culto do passado: a criação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional / IPHAN- foi obra dos intelectuais modernistas que propunham a valorização do País, da Cultura e das Artes brasileira e suas expressões populares. Disse: Luiz Fernando de Almeida/Presidente do IPHAN, a época dos 70 anos do Instituto.

 Cidades Históricas como: Ouro Preto, Salvador, Olinda, Goiás e São Luiz, lugares como o Santuário do Bom Jesus em Congonhas do Campo, edifícios como o Paço Imperial no Rio de Janeiro, fortalezas como a dos Reis Magos em Natal, conventos como o de Santo Antônio em João Pessoa, sítios arqueológicos  como o da Igreja  Jesuítica de São Miguel das Missões  se preservaram  pela ação continuada e perseverante do IPHAN, entre inúmeras outras obras e sítios desaparecidos ou descaracterizados.

 O Instituto tem sob sua Proteção cerca de 20 mil Edifícios Tombados, 83 Sítios e Conjuntos Urbanos, 12.517 Sítios arqueológicos Cadastrados, mais de um milhão de objetos arrolados, incluindo o Acervo Museológico, cerca de 250 mil Volumes  Bibliográficos e vasta Documentação Arquivistas.

 Os Registros recentes do Patrimônio Imaterial brasileiro já levaram ao Reconhecimento pela UNESCO/ Agencia das Nações Unidas para a Educação, Ciência, Cultura e Tecnologia – do Samba de Roda do Recôncavo Baiano e de Arte gráfica e Pintura Corporal dos Índios Wajãpi do Amapá como  Obras-primas do Patrimônio Oral e Imaterial  da  Humanidade.

   Os numerosos Desafios decorrentes da atuação em um universo dessa magnitude precisam ser compartilhados. Além da responsabilidade pela Conservação de todo o Patrimônio Protegido, estão os Desafios da Sustentabilidade, da Dinâmica dos Processos Culturais, dos valores a se considerar no reconhecimento do Patrimônio que se constrói e até da própria criação do PATRIMÔNIO. ...desafio do IPHAN é equivalente ao seu Legado. Romper o Olhar único sobre o Patrimônio luso, ampliar nossas Ações na Preservação da Memória Indígena e Legados de diversas Localidades de Comunidades Quilombolas, do Conhecimento Tradicional, da Arquitetura, diz-se da Língua, do Idioma de um País /vernaculizar, do Patrimônio Industrial, compreender o Patrimônio como suporte para políticas sociais, enfrentar a fiscalização do objeto Tombado são algumas Questões que possibilitam uma Realização simbólica do que se pressupõe como PATRIMÔNIO BRASILEIRO.

 

 

Essa ampliação conceituosa também permite focalizar o PATRIMÔNIO, para além de seu Reconhecimento, na Escala de Valores Coletivos como fundamento determinante do Projeto de Desenvolvimento que se redesenha para o Brasil com seu vasto Território.*WRA/

           Rodrigo Melo Franco de Andrade/Legado e História. O advogado, jornalista e escritor, Rodrigo Melo Franco de Andrade, nasceu em 17 de Agosto de 1898, em Belo Horizonte. Foi Melo Franco de Andrade – Redator-chefe e Diretor da Revista do Brasil. Na política, foi chefe de gabinete de Francisco Campos, atuando na Equipe que integrou o Ministério da Educação e Saúde do governo Getúlio Vargas. O grupo era formado por Intelectuais e Artistas, eles os herdeiros dos ideais da Semana de 1922. Rodrigo Melo Franco de Andrade comandou o IPHAN, desde sua fundação em, 1937, quando ainda era chamado de Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – SPHAN. Pouco antes de sua morte, em 1969, ainda prestava depoimentos à imprensa e comparecia a eventos ligados à sua experiência no SPHAN. O Prêmio foi criado em 1987, em reconhecimento a Ações de Proteção, Preservação e Divulgação do Patrimônio Cultural Brasileiro. Seu nome é uma Homenagem ao primeiro Dirigente da Instituição. Saiba mais sobre o Prêmio Rodrigo Melo Franco Andrade.

 


           A responsabilidade pela Proteção do Patrimônio Cultural do Brasil deve ser da Nação e tão prestigiada quanto à pretensão do grau de singularidade e de Autonomia do nosso Processo de inserção como Civilização do Mundo. Muito se realizou nestes 84 anos de criação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, e marca pelo início do Processo de sistematização que permitirá tornar efetivo o preceito Constitucional que determina o compartilhamento da responsabilidade de Preservar o Patrimônio Cultural Brasileiro.  O então, Ministro da Cultura, Gilberto Gil, (nos 70 Anos do IPHAN), acentuou que o estabelecimento de um Sistema Brasileiro de Patrimônio, com as estruturas federativas do País e da Sociedade Civil deverá estabelecer um Marco Institucional nesse direcionamento para as Políticas Culturais para o Brasil. (Pesquisa e organização de Texto: *Wilson Rodrigues de Andrade/Produtor Cultural C/DEDAC- N-PED - Folha Cultural.)

  O Sistema Nacional de Cultura, o “SUS da Cultura” , sancionado por Lula, traz diretrizes para gestão e promoção de políticas no setor Dani...