quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Via UNIC-Rio/COMPAZ-FC.

UNFPA apoia evento sobre participação política e igualdade de gênero nos países de língua portuguesa

O encontro aconteceu durante a 3ª Conferência Nacional da Juventude em Brasília. A representante de Programa do UNFPA, Anna Cunha, lembrou que a sub-representação das mulheres e da população negra é muito evidente no Brasil e continua a representar um desafio que deve ser abordado.
Foto: UNFPA Brasil/Mariana Tavares
Foto: UNFPA Brasil/Mariana Tavares
Representantes dos Conselhos de Juventude da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) discutiram os desafios da paridade de gênero na participação política durante seminário promovido no último dia 18 pelo Fórum de Juventude da CPLP.
O encontro contou com o apoio do Grupo Assessor Interagencial sobre Juventude da ONU, coordenado pelo Fundo de População da ONU (UNFPA), em parceria com a Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), e foi realizado durante a 3ª Conferência Nacional da Juventude, que reuniu, em Brasília, delegações de vários países que vieram conhecer e discutir as experiências brasileiras e de outras localidades em políticas públicas para a juventude.
Em seu discurso de abertura, o presidente do Conselho Nacional de Juventude do Brasil (Conjuve) e vice-presidente do Fórum de Juventude da CPLP, Daniel Souza, disse que a igualdade de gênero é um dos quatro temas principais do Fórum, ao lado de trabalho e emprego, promoção da língua portuguesa e educação. “Para o Conjuve, a equidade de gênero é uma pauta prioritária. O feminismo, para nós, é estruturante no desafio de construir políticas públicas no Brasil”, afirmou Souza.
A representante de Programas do UNFPA, Anna Cunha, parabenizou a escolha do tema e observou que, se por um lado a Conferência de Juventude está debatendo novas formas de se fazer política, por outro lado ainda hoje é necessário discutir e lutar pela paridade de gênero nos espaços de representação, inclusive nos parlamentos.
“No caso brasileiro, a sub-representação das mulheres e da população negra é muito evidente, segue como desafio avançar nessas questões”, completou. “É fundamental assegurar a pluralidade de vozes, assegurar que a diversidade demográfica da população tenha representação no Congresso, para que suas bandeiras, suas necessidades e expectativas sejam contempladas”.
Já a representante da presidência do Fórum e participante da Federação Cabo-Verdiana da Juventude, Maria Crisálida Correa, lembrou que em Cabo Verde 60% da população é jovem e a maioria é mulher. Ela citou o exemplo de José Maria Neves, primeiro-ministro do país que começou a liderar a nação com apenas 40 anos e exaltou a presença feminina nas universidades. Apesar de reconhecer os avanços em representação política de jovens e de mulheres, ela destacou que mais precisa ser feito para garantir essa pluralidade em todos os espaços, sublinhando que na administração pública os cargos mais altos continuam a ser chefiados por homens.
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