domingo, 23 de julho de 2017

Ensinamentos de Nelson Mandela são mensagens ‘poderosas’ contra o medo e o cinismo, diz chefe da ONU./ Publicado em 18/07/2017.


‘Nelson Mandela foi conhecido como o prisioneiro 46664 por 18 anos. Mas ele nunca se tornou um prisioneiro do seu passado. Sentenciado a trabalho pesado e ao encarceramento em solitária em Robben Island, ele se ergueu do sofrimento e da falta de dignidade para levar seu país, e o nosso mundo, a dias melhores’, lembrou o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, neste 18 de julho, Dia Internacional Nelson Mandela.

       Em mensagem para o Dia Internacional Nelson Mandela, comemorado neste 18 de julho, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, afirmou que a trajetória e os ensinamentos do líder sul-africano são um exemplo contra o medo, o cinismo e a amargura. O dirigente máximo das Nações Unidas defendeu que a melhor forma de lembrar o legado de Madiba é por meio de ações em prol da paz e dos direitos humanos.
“Nelson Mandela foi conhecido como o prisioneiro 46664 por 18 anos. Mas ele nunca se tornou um prisioneiro do seu passado. Sentenciado a trabalho pesado e ao encarceramento em solitária em Robben Island, ele se ergueu do sofrimento e da falta de dignidade para levar seu país, e o nosso mundo, a dias melhores”, lembrou o chefe da ONU. Guterres acrescentou que, apesar das dificuldades, o Nobel da Paz “nunca sucumbiu à amargura ou a rivalidades pessoais, mas despejou sua energia formidável na concretização de sua visão de uma África do Sul pacífica, multiétnica e democrática”.
“Nelson Mandela disse uma vez que um santo podia ser definido como um pecador que continua tentando. Essa é uma poderosa mensagem de esperança, em um mundo fragmentado de medo e cinismo. Nunca é tarde demais para encarar o futuro e tentar novamente”, disse o Secretário-Geral.
O dirigente concluiu sua mensagem com um chamado para que cada pessoa faça a sua parte e se envolva na promoção da paz, dos direitos humanos, do desenvolvimento sustentável e de vidas com dignidade para todos. “Cada um de nós pode ser inspirado pelo exemplo de Nelson Mandela e por suas célebres palavras: ‘Sempre parece impossível até ser feito'”, ressaltou.

Direitos das pessoas privadas de liberdade


         Também por ocasião da data internacional, o diretor-executivo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), Yury Fedotov, lembrou que o Dia é também uma ocasião para refletir sobre os direitos das pessoas privadas de liberdade. “Prisioneiros não devem nunca ser ignorados em esforços para fortalecer o Estado de Direito, melhorar os sistemas de justiça criminal e tornar as sociedades resilientes aos flagelos das drogas, do crime, da corrupção e do terrorismo. Prisioneiros continuam sendo parte da sociedade, eles merecem respeito, eles têm direito à dignidade e eles exigem direitos humanos”, disse o chefe da agência da ONU.

Fedotov chamou atenção para a importância dos Padrões Mínimos das Nações Unidas para o Tratamento de Prisioneiros, também conhecidos como Regras Nelson Mandela. “Em todo o mundo, presidiários enfrentam violência, riscos de saúde devastadores, como HIV e hepatite, e podem ser expostos à radicalização que leva à violência. As Regras Nelson Mandela são um plano para que o gerenciamento carcerário lide com essas questões”, explicou o dirigente.

      Fedotov acrescentou que o atual estado das prisões — superlotação, falta de recursos, de equipamentos e de pessoal — leva ao sofrimento dos indivíduos privados de liberdade e, consequentemente, da nossa humanidade compartilhada. “No Dia Nelson Mandela, o UNODC continuará a enfrentar esses desafios e a transformar as palavras poderosas das Regras Nelson Mandela em ações compromissadas e ousadas”, disse.

UNESCO: Mandela é exemplo de luta

      Também por ocasião do Dia, a Diretora-Geral da UNESCO, Irina Bokova, lembrou um dos pronunciamentos de Mandela no Julgamento de Rivonia: “Eu valorizo o ideal de uma sociedade democrática e livre na qual todas as pessoas convivem em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal pelo qual eu espero viver e o qual espero alcançar. Porém, se for necessário, é um ideal pelo qual eu estou preparado para morrer”.
      A chefe da agência da ONU dedicada à educação, ciência e cultura alertou que os valores defendidos pelo líder sul-africano ainda é um “sonho para muitas sociedades”. “Milhares de mulheres e homens em todo o mundo ainda são presos, torturados e executados por defender esse ideal de paz e igualdade em seus países”, lamentou Bokova.
       “Ao celebrar o Dia Internacional de Nelson Mandela, nós prestamos homenagem àquelas pessoas que lutaram e que continuam a lutar pela liberdade, pela dignidade e pelos direitos humanos. Essa luta nunca foi tão importante nas sociedades contemporâneas que são enfraquecidas pela ascensão de múltiplas tensões – econômicas, sociais, políticas e também climáticas”, acrescentou a dirigente. Nelson Mandela foi embaixador da Boa Vontade da UNESCO. Seus discursos no Julgamento de Rivonia estão arquivados no Registro Memória do Mundo da Agência da ONU. Com: C/ Folha Cultural

Comentários:

      WRA/O Arauto do Pacifismo em nossa atualidade... Salve Mandela!

    Yuri Austran / Se fosse resumir em uma palavra o que Mandela significa para a humanidade, diria "farol". Uma luz que nos indica o caminho, a direção e o sentido que devemos seguir para que nossas ações nos conduzam a um mundo mais justo e livre. Viva sempre em nosso coração e mente, Madiba!

Centro da ONU leva para a Festa Literária de Paraty/FLIP – debate e filme sobre Sustentabilidade/ Publicado em 18/07/2017


    Em parceria com a Liga Brasileira de Editoras (LIBRE), o Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável do PNUD no Rio de Janeiro (Centro RIO+) exibirá na 15ª Festa Literária Internacional de Paraty — a FLIP — o filme “Baixada Nunca Se Rende”, sobre coletivos de músicos da periferia da capital fluminense. Organismo da ONU também promoverá o debate “Territórios Criativos e Sustentabilidade”. Atividades acontecem no dia 28 de julho. Participação é gratuita.

     A FLIP é o maior e mais importante festival de literatura do Hemisfério Sul, reunindo mais de 20 mil intelectuais, formadores de opinião e artistas de todo o mundo. O evento do Centro RIO+ e da Liga Brasileira de Editoras será realizado na Casa LIBRE & Nuvem de Livros, no centro de Paraty, na noite mais movimentada da Festa. A participação no evento é gratuita. Saiba como se inscrever mais abaixo.
     Antes da exibição do Documentário, haverá o debate “Territórios Criativos e Sustentabilidade”, com a Diretora-adjunta do Centro RIO+, Layla Saad, e com os músicos Da Gahma e Iolly Amâncio, ambos integrantes do coletivo que dá nome ao filme. Após a sessão, será aberto um espaço para perguntas e respostas. A produção “Baixada Nunca Se Rende” foi dirigido pelo cineasta italiano, Christian Tragni e pela Diretora brasileira Juliana Spinola.
     O Centro RIO+ acredita que as artes e a cultura podem desempenhar um papel importante para estimular a participação dos cidadãos na colocação em prática dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS). O Setor Cultural tem um poder de convocação único, reunindo Pessoas de diferentes gerações, visões políticas e formação educacional. As atividades culturais, especialmente a música e a literatura, também têm um poder de divulgação fantástico, chegando a milhões e milhões de Cidadãos.
     A FLIP é realizada na histórica Cidade de Paraty, localizada a 250 km do Rio de Janeiro, um lugar rico em tradição, cultura e diversidade, lar de etnias indígenas guaranis, bem como de Aldeias quilombolas fundadas por escravos africanos.
Em 2017, a Festa Literária comemora a sua 15º Edição, e desta vez presta homenagem o Lima Barreto (1881-1922), ele que é referência na história da literatura em língua portuguesa. Autor afrodescendente do Rio de Janeiro, o escritor desempenhou um papel importante na defesa da inclusão social e pela denúncia de níveis inaceitáveis de desigualdade de renda e discriminação racial.
As questões abordadas por Lima Barreto continuam atuais e dizem respeito aos mesmos problemas que a Agenda 2030 da ONU visa solucionar. O Centro RIO+ convida o público da FLIP 2017 a conhecer os ODS e apoiar esse marco internacional para a promoção do desenvolvimento sustentável.


Sobre o Centro RIO+
     O Centro RIO+ do PNUD é um legado da conferência Rio+20, de 2012, realizada no Rio de Janeiro. A Rio+20 foi o local de nascimento da Agenda 2030 da ONU e de seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O centro de políticas globais do PNUD na capital fluminense é dedicado a manter vivos os compromissos da Rio+20, aperfeiçoando abordagens criativas para “não deixar ninguém para trás” e envolvendo os cidadãos na implementação dos ODS. Ao trabalhar com músicos, cineastas, artistas e organizações de base no desenvolvimento de projetos-piloto inovadores, o Centro desenvolve novas metodologias de replicação através dos escritórios nacionais do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), presente em 166 Países.

Serviço: Sessão Especial “Territórios Criativos e Sustentabilidade” na FLIP 2017
Data: 28 de julho de 2017, sexta-feira
Horário: 20h-22h
Local: Casa LIBRE, Rua da Lapa, 8 – Paraty, Brasil
Inscrições: Gratuitas, feitas pelo site: http://bit.ly/2u6np9f ou pelo e-mail: rio.mais@undp.org

Programação
20h — 20h35min — Painel de Territórios Criativos: Baixada Fluminense
Moderadora: Layla Saad, diretora-adjunta do Centro RIO + do PNUD, Rio de Janeiro
• Iolly Amâncio, cantora, membro da Banda Gente, e participante do Coletivo Aberto de Músicos “Baixada Nunca Se Rende” (10 min)
• Da Gahma, cantor, fundador da banda Cidade Negra e participante do Coletivo Aberto de Músicos  “Baixada Nunca Se Rende” (10 min)
• Debate com os participantes (15 min)
20h35min – 21h40min — Filme + Debate: Exibição do documentário “Baixada Nunca Se Rende”, dirigido por Juliana Spinola (Brasil) e Christian Tragni (Itália), 65 min

21h40min — Sessão de Perguntas e Respostas e Encerramento.
                                                        Divulgação C/ Folha Cultural/Jul./17.

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