Hiroshima (Japão) permanece recordando
o Dia
6 de agosto de 1945, quando um bombardeiro B-29 dos Estados Unidos da América do Norte lançou sobre a Cidade a
primeira bomba atômica da História. Genocídio de 157.071 mortos. Ainda existe, 16 mil armas nucleares em 9
Países...
O Dia que
não deveria ter existido
E que não
deve ser esquecido (dito de um sobrevivente)
(
FC # 20 / foto explosão.. doc imagem.)
Hiroshima e Nagasaki... Nunca mais!
Em 6 de
agosto completaram 70 anos da primeira explosão atômica, ocorrida em 1945,
quando , ao final da 2ª. Guerra Mundial, os Estados Unidos da América do Norte
lançaram sobre a cidade de Hiroshima um artefato nuclear de 12,5 quilotons
(doze e meia toneladas de TNT).
Eram 8h.
15, da manhã de um dia claro de sol quando um avião americano sobrevoou a
Cidade e lançou uma bomba – uma única bomba – que detonou a 576 metros do solo.
Um clarão
mais forte que cem sóis, ao meio - dia Um fragor, nunca antes ouvido. Tremor de
terra. Um vendaval de 600 Km/h. Um calor de vários milhões de graus
centígrados, que ateou milhares de incêndios. O mar ferveu. Metade das árvores,
num raio de dois quilômetros foi arrancada do solo. Numa distancia de até 30
km, os vidrosa das janelas foram estilhaçados em mil pedaços, Os edifícios
ruíram. As pessoas transformaram-se em tochas humanas. Milhares e milhares
de mortos e feridos.
Nos dois
primeiros segundos da explosão, juncaram a cidade atingida 79 mil mortos, dos
quais 14 mil desapareceram volatizados. Mais de 90 mil feridos, que sobreviveram
ao impacto da bomba, suplicavam por água e ajuda, procuravam seus familiares
desaparecidos, desfaleciam pelo efeito do choque doloroso.
Mas
atender os feridos era praticamente impossível. Cerca de 50% dos médicos que
acorreram ao local também morreram, ou de imediato, ou pouco tempo depois. Além
do que os hospitais atingidos pela explosão não dispunham das condições
necessárias para prestar socorro a tantos e tão graves feridos.
Os
destroços aumentavam constantemente, por força do vendaval e dos incêndios que
cresciam com a combustão do ar.
Igualmente as comunicações foram danificadas, e todos os equipamentos eletrônicos, telefones e motores de veículos
deixaram de funcionar.
Meia hora
depois da explosão, além dos incêndios e do forte vendaval, uma chuva negra,
impregnada de poeira radioativa, caia sobre a cidade, que antes, ensolarada,
via-se agora mergulhada na escuridão, pois a luz solar não chegava até ela.
Hiroshima
agonizava! 90% da Cidade encontravam-se destruída!
Nos
três/quatro meses seguintes, outras 50 mil pessoas morreram basicamente em
consequência da radiação, das queimaduras e ferimentos profundos. As feridas
lancinantes, produzidas por estilhaços e
fragmentos vindos de todos os lado, infectavam-se e se combinavam com a
radiotoxemia.
As
mulheres gravidas, que não abortaram de imediato, foram atingidas pela
radioatividade, e as crianças nasceram com lesões as mais variadas,
principalmente, microcefalia. A irradiação provocou, ainda, uma incidência bem
maior de leucemia e manifestações variadas de câncer.
Em nossos
dias morrem-se por doenças genéticas, em consequência das alterações produzidas
pela irradiação no aparelho reprodutor (Em 1988, em todo o mundo, morreram
mais 4.516 pessoas em consequência da
irradiação).
As bombas
nucleares que caíram primeiro sobre Hiroshima e três dias depois (9 de agosto de 1945) em Nagasaki possuíam um
pequeno poder destrutivo.
Atualmente,
com o avanço tecnológico na área nuclear, as bombas se medem por megatons,
sendo que cada megaton equivale a um milhão de toneladas de TNT. Existem
estudos que demonstram cientificamente os efeitos devastadores para a população
e o meio ambiente se vier a explodir uma
única bomba nuclear de um megaton, que
teria efeito um milhão de vezes superior ao da bomba de Hiroshima.
Como
existem na atualidade, artefatos
nucleares das cinco potências nucleares com cerca de 20 mil megatons, ou seja, 20 bilhões de
toneladas de TNT, isto possibilitaria destruir o Planeta Terra 50 vezes. Resta,
portanto, a esperança de que nenhum governo do Mundo dê início a uma guerra
nuclear, na qual não haveria vencidos nem vencedores.
A Paz
mundial, no entanto, não pode ser responsabilidade apenas dos governos. Cada um
de nós e todos nós, Cidadãos e Cidadãs do mundo, devemos ser participes dessa
responsabilidade, e cabe a Nós dizer, por atos e palavras, que queremos a Paz.
Esta em nossas mãos, engrossar as
fileiras dos Movimentos nacionais e internacionais que têm como objetivo o fim da corrida armamentista e
a manifestação conjunta pela desativação dos arsenais
nucleares.
Zuleide
Faria de Melo/
CONDEPAZ/Gazeta da PAZ // com Produtor Editorial da Folha Cultural Wilson
Rodrigues de Andrade. (COMPAZTR)