sexta-feira, 25 de novembro de 2016



Via C/ Folha Cultura/FC.


 IPHAN ( atualizado em: 26/Nov./16.

  


                                          Paço /Pelourinho - Bahia * Brasil


  





IPHAN. Oito décadas de serviço ao Brasil.
      
 *Wilson Rodrigues de Andrade


  Há 80 ano, antes que qualquer outro País do continente americano, o Brasil criou uma Lei e uma Instituição Federal para identificar, proteger e valorizar nosso vasto e diverso Patrimônio Cultural. Essa iniciativa, de forma distinta das experiências internacionais, não estava ligada a saudosismo ou ao culto do passado: a criação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional / IPHAN- foi obra dos intelectuais modernistas que propunham a valorização do País, da Cultura e das Artes brasileira e suas expressões populares. Disse Luiz Fernando de Almeida/Presidente do IPHAN, a época dos 70 anos do Instituto.
 Cidades históricas como: Ouro Preto, Salvador, Olinda, Goiás e São Luiz, lugares como o Santuário do Bom Jesus em Congonhas do Campo, edifícios como o Paço Imperial no Rio de Janeiro, fortalezas como a dos Reis Magos em Natal, conventos como o de Santo Antônio em João Pessoa, sítios arqueológicos  como o da Igreja  Jesuítica de São Miguel das Missões  se preservaram  pela ação continuada e perseverante do IPHAN, entre inúmeras outras obras e sítios desaparecidos ou descaracterizados.
 O Instituto tem sob sua proteção cerca de 20 mil edifícios tombados, 83 sítios e conjuntos urbanos, 12.517 sítios arqueológicos cadastrados, mais de um milhão de objetos arrolados, incluindo o acervo museológico, cerca de 250 mil volumes  bibliográficos e vasta documentação arquivística.
 Os registros recentes do Patrimônio imaterial brasileiro já levaram ao reconhecimento pela UNESCO/ Agencia das Nações Unidas para a Educação, Ciência, Cultura e Tecnologia  – do Samba de Roda do Recôncavo Baiano  e de arte gráfica e pintura corporal dos índios Wajãpi  do Amapá como  obras-primas do patrimônio oral e imaterial  da  Humanidade.
   Os numerosos desafios decorrentes da atuação em um universo dessa magnitude precisam ser compartilhados. Além da responsabilidade pela conservação de todo o patrimônio protegido, estão os desafios da sustentabilidade, da dinâmica dos processos culturais, dos valores a se considerar no reconhecimento do patrimônio que se constrói e até da própria criação do Patrimônio.
 
...desafio do IPHAN é equivalente ao seu legado.
  
Romper o olhar único sobre o patrimônio luso, ampliar nossas ações na preservação da memória indígena e legados de diversas localidades  de Comunidades quilombolas, do conhecimento tradicional , da arquitetura,  diz-se da língua, do idioma de um país /vernaculizar , do patrimônio industrial ,compreender o patrimônio como suporte para políticas sociais , enfrentar a fiscalização do objeto tombado são algumas questões que possibilitam uma realização simbólica do que se pressupõe como patrimônio brasileiro.
Essa ampliação conceituosa também permite focalizar o Patrimônio, para além de seu reconhecimento, na escala de valores coletivos como fundamento determinante do Projeto de Desenvolvimento que se redesenha para o Brasil com seu vasto Território.

 A responsabilidade pela proteção do Patrimônio Cultural do Brasil deve ser da Nação e tão prestigiada quanto a pretensão do grau de singularidade e de autonomia do nosso processo de inserção como Civilização do Mundo. Muito se realizou nestes 80 anos de criação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, e marca pelo início do processo de sistematização que permitirá tornar efetivo o preceito constitucional que determina o compartilhamento da responsabilidade de preservar o patrimônio cultural brasileiro.  
 O então Ministro da Cultura, Gilberto Gil,(nos 70 do IPHAN), acentuou que o estabelecimento de um sistema brasileiro de Patrimônio, com as estruturas federativas do país e da Sociedade Civil deverá estabelecer um marco institucional nesse direcionamento para as políticas culturais para o Brasil.
   


 Forte e Farol de Santo Antônio, também conhecido como Farol da Barra...  22/Nov./16.

O pivô da mais recente crise política enfrentada pelo presidente Michel Temer é um prédio de 31 andares e quase cem metros de altura, no qual o secretário de Governo, Geddel Vieira Lima, possui um apartamento avaliado em R$ 2,5 milhões, em Salvador. O condomínio se chama “La Vue” (“a vista” em francês) e sua construção, tal como proposta na planta original, foi proibida pelo IPHAN (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) justamente por não respeitar “a visibilidade e a ambiência” de pelo menos quatro patrimônios históricos baianos que datam dos Séculos 16 e 17, e que estão situados próximo ao novo empreendimento.
No, 21/Nov./16, a Comissão de Ética da Presidência da República instaurou um processo para avaliar se o ministro de Temer violou a legislação sobre conflito de interesse e usou seu cargo no governo para obter vantagem privada. A comissão não tem poderes para retirar Geddel do cargo, mas um parecer nesse sentido causaria um grande constrangimento a Temer. Em caso de decisão contrária, o Presidente teria de se opor aos membros do órgão para manter seu secretário na pasta, arcando com o desgaste de imagem e o custo político que a decisão causaria.

Desenvolvimento e preservação

        A Presidente do IPHAN, Kátia Bogéa, divulgou uma mensagem aos funcionários do órgão no qual reiterou a decisão de se opor à construção do Condomínio, em Salvador, tal como previsto na planta original. Kátia Bogéa disse que essa não é a primeira e não será a única vez que argumentos são usados “em nome da crise e da criação de empregos” na construção civil para “acobertar os reais interesses por trás de empreendimentos do tipo”. A Presidente do órgão diz que o episódio revela uma “tentativa de fragilizar a atuação do IPHAN” levantando “a falsa e velha dicotomia entre ‘desenvolvimento’ e ‘preservação’”.
Os donos do empreendimento só poderão seguir adiante caso apresentem uma nova planta, que “respeite a visibilidade e a ambiência” dos bens protegidos.
          O Local no Mapa e no tempo nos mostra algumas das características dos Patrimônios que, segundo estudos do IPHAN, seriam prejudicados com a construção da Torre de 31 andares. A “visibilidade” dos Sítios arquitetônicos mencionados pela presidente do IPHAN é uma característica inerente à função dos Fortes, que serviam para vigiar e proteger a Costa brasileira. As Igrejas também ocupavam lugar de destaque na geografia, sendo instaladas frequentemente nos pontos mais altos da geografia das Cidades, sobre montes e penhas.


         Outra característica mencionada por Kátia Bogéa é a “ambiência” e se refere ao fato de que esses Patrimônios estão integrados a uma determinada paisagem e a um relevo geográfico que representou condição determinante para a escolha dos locais onde esses Sítios foram instalados, Séculos atrás.


Um Patrimônio integrado, com uma Torre no meio...

         Os Fortes de Santo Antônio, São Diogo e Santa Maria, que o IPHAN tenta proteger, funcionavam “sob o regime de comando unificado”, num sistema de proteção da costa da Bahia contra o assédio de invasores - como aconteceu com os holandeses, que chegaram a tomar uma das fortificações em 1624.
        As Fortalezas protegiam toda a face sul de Salvador e formavam uma linha única, integrada ao desenho da costa. O Condomínio no qual Geddel comprou seu apartamento fica bem no meio de duas dessas fortificações - as Fortalezas de São Diogo e de Santa Maria, separadas por apenas 300 metros uma da outra. A área da Barra está hoje repleta de edifícios, mas eles não se aproximam da altura total que o “La Vue” pretendia ter em sua planta original.




           O IPHAN diz que “não se sabe exatamente a data de construção deste forte”.  O que se sabe é que durante a “segunda invasão holandesa em 1638, já existiam os três Fortes da Barra. (Santo Antônio, Santa Maria e São Diogo), sob o regime de comando unificado”.(Foto /Arq...)

Pesquisa e organização de: *Wilson Rodrigues de Andrade/Produtor Cultural C/DEDAC- FC.





          

segunda-feira, 21 de novembro de 2016






 Via UNIC-Rio/ COMPAZ -Folha Cultural/FC.

UNESCO lembra importância da filosofia para o respeito à diversidade

“A filosofia não oferece quaisquer soluções prontas, mas sim uma busca perpétua para questionar o mundo e tentar encontrar um lugar nele.”
Segundo Bokova, ao longo desse caminho, a tolerância é tanto uma virtude moral como uma ferramenta prática para o diálogo.
“Não tem nada a ver com o relativismo ingênuo, que afirma que tudo é igualmente válido; é um imperativo individual para ouvir, tanto mais impressionante por ser fundamentado em um compromisso firme para defender os princípios universais da dignidade e da liberdade.”




 Neste ano, a UNESCO celebra os aniversários de dois filósofos eminentes, Aristóteles e Leibniz, que contribuíram para o desenvolvimento da metafísica e da ciência, da lógica e da ética.
Os dois, distantes alguns séculos entre si e em contextos culturais muito diferentes, colocaram a filosofia no centro da vida pública, como a peça central de uma vida livre e digna.
“Vamos celebrar esse espírito; vamos ousar em abrir espaços para o pensamento livre, aberto e tolerante. Com base nesse diálogo, nós podemos construir uma cooperação mais forte entre cidadãos, sociedades e Estados, como um fundamento duradouro para a paz”, concluiu Bokova.

  Fest' Art. Vale/ *F C / Festival Show de Artes pela Cultura de PAZ / COMPAZ *Folha Cultural / NaArt - Vale + Parceiros Afins. (Equipes...