O Alferes do Caminho Novo...
Do Violão as
paragens de Caminhos de Minas e Rio de Janeiro. Brasileiro e devoto que sempre
foi em suas passagens por Rio Preto (Região da Manteigueira e nosso vizinha no
Vale do Paraibuna...) o Alferes teve seus momentos de envolvimento musical e
cultural ao dedilhar o Violão em louvação e lazer – tudo em forma de Canção,
nos hábitos de raízes mineiras e no agradecimento e alegrias para muitos ao seu
redor. Habitantes de Ibitipoca que “conhecera TIRADENTES em Vila
Rica” acrescentavam particularidades à biografia de Xavier. Segundo relatos, “o Alferes costumava
fazer ponto na Igreja do Rosário tocando viola e cantando”, e que “mataram Tiradentes porque anunciou estas leis que estão aí governado, é assim a justiça
dos homens” ( do livro de Rodrigo Magalhães/ pág. 133 -134). Em
1781, Dom Rodrigo José de Menezes mandou
expedir ao Comandante do Destacamento do Caminho Novo ( abrangia os territórios
de Paraíba do Sul/ Paraibuna/ Juiz de Fora/ Barbacena etc.) – o Alferes Xavier, na época residente na
Fazenda da Rocinha da Negra ( hoje Cabuí, em Simão Pereira - instruções pelas quais deveria reger. A
Xavier estava encarregada a vigilância das margens do Rio Preto. TIRADENTES largou a
vida de tropeiro em 1755, quando já conhecia Minas inteira. O governo da
Capitania estava organizando o Regimento Regular de Cavalaria de Minas. A tropa
paga: um exército regular, pago pelo erário , profissional. Os oficiais deveriam ser homens brancos e de
boas famílias. E Joaquim José da
Silva Xavier estava entre os admitidos. Foi designado com Alferes, atual Segundo -Tenente. *WRA/19.
Saga Xavier/Pág. S/Tiradentes // La liberté même tardive, la version française de A paixão de Tiradentes, c’est l’histoire d’un jeune étudiant, Boris,
qui part au Brésil. Il va habiter quelques. “Eu, Teresa de Carvalho, juro por tudo o que
me é mais sagrado, que nestas linhas, escritas por minhas mãos, não há uma
vírgula que não corresponda à verdade. Rogo ao Senhor de todos nós que um dia
alguém resgate minhas palavras e as use para fazer justiça.” Um estudante
francês de partida para o Brasil descobre dentro de uma santa oca, deixada pela
mãe que acabara de ser assassinada, uma fortuna em diamantes brutos e um
manuscrito que data do Século XVIII, sobre um tal Xavier. Sem saber o real valor dos Papéis que tem em mãos,
ele pede ajuda, ainda em terras francesas, à tia radicada em Ouro Preto,
Véronique, para entender o que todas aquelas estranhas palavras querem dizer. A
partir daí, o jovem Philippe passa a conhecer Teresa, uma graciosa e misteriosa
judia que desembarcara no Rio de Janeiro em busca de uma nova vida. Assim como
muitos, ao sair fugida de Portugal, deixa para trás a sua história e parte em
busca de paz e felicidade.
O que ela
não poderia imaginar era que se encantaria ainda no porto da desconhecida e
bela Cidade, por um dedicado soldado dos Dragões da Cavalaria de Vila Rica. Em
uma decisão repentina e impensada, ela aceita o abrigo oferecido pelo novo
amigo que, posteriormente, se transformaria em seu marido, pai da sua única
filha, e um dos maiores heróis que esse país já teve.
“Nas
pesquisas que fizemos sobre TIRADENTES, percebemos
que muito do que era falado sobre ele era extremamente pessoal, características
que só poderiam ser conhecidas em uma convivência íntima, ou seja, vindas de
uma pessoa muito próxima. Achamos então que a história poderia ser contada por
uma mulher, ou melhor, pela mulher que mais o amava. Foi assim que surgiu a
Teresa, uma pessoa forte, apaixonada e fundamental na vida de Xavier”, conta a médica mineira Stefânia G. Assunção,
autora da obra, ao lado do escritor francês, Marc Boisson, que se dedicou
principalmente à narração da personagem. Ao chegar ao Brasil, Philippe quer
pesquisar a fundo o manuscrito encontrado para comprovar a sua veracidade e, à
medida que conhece mais a história de Joaquim José da Silva Xavier, coisas
estranhas acontecem, transformando a simples viagem de estudos em uma aventura
repleta de paixão, suspense e perigos. “O suspense é algo imprescindível nos
romances e, alinhar isso a um fato de tal importância como a Inconfidência
Mineira, misturando passado e presente, o Brasil e a França, deixa a história
ainda mais rica e saborosa. Caminhar por Ouro Preto é respirar história, e
buscamos transpor isso para as páginas do livro. Sem contar a ligação da Inconfidência
com a França, por intermédio de José Joaquim da Maia, que tentou buscar
apoio junto a Thomas Jefferson. Era o tema perfeito para um francês e uma
mineira trabalharem juntos”, explica Boisson.
Registro do Ouro no Município de Simão Pereira/MG. ( Divisa de Rio de Janeiro/ Minas Gerais.. ( Foros/ *WRA - Assistente de fotografia: Barbamara Maxiniano).
Baseada em cuidadosa pesquisa histórica, a Obra: A Paixão de Tiradentes apresenta a
antiga Vila Rica e a atual Ouro Preto, inserindo o leitor na cidade que resume,
para Stefânia, da melhor forma possível, o Estado de Minas Gerais. Nas páginas
desse romance é possível viajar pelo município que inspira paixões e por muitas
das tradições da região, incluindo as movimentas repúblicas estudantis e a
Festa do Doze de Outubro - Data em que se comemora o aniversário da Escola
de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). “Como num intrigante quebra-cabeça, fragmentos da História de Vila Rica
e da Inconfidência Mineira se encaixam com tamanha precisão, que tudo pode ter
acontecido exatamente como nos conta Teresa, a protagonista, com linguagem
clara e fluente. É o tipo de texto que, quando se começa a ler, não se quer
mais interromper. O suspense se mantém durante toda a narrativa, envolvendo o
leitor do início ao fim”, resume Suely Perucci, mestre em Literatura
Brasileira pela Universidade de São Paulo (USP) .( Pesquisa de: Texto de*Wilson Rodrigues de
Andrade/Produtor Editorial do COMPAZ-FOLHA CULTURAL/FC./ Fev. 2015)