sexta-feira, 26 de abril de 2019


          O Alferes do Caminho Novo...

 Do Violão as paragens de Caminhos de Minas e Rio de Janeiro. Brasileiro e devoto que sempre foi em suas passagens por Rio Preto (Região da Manteigueira e nosso vizinha no Vale do Paraibuna...) o Alferes teve seus momentos de envolvimento musical e cultural ao dedilhar o Violão em louvação e lazer – tudo em forma de Canção, nos hábitos de raízes mineiras e no agradecimento e alegrias para muitos ao seu redor. Habitantes de Ibitipoca que “conhecera TIRADENTES em Vila Rica” acrescentavam particularidades à biografia de Xavier.  Segundo relatos, “o Alferes costumava fazer ponto na Igreja do Rosário tocando viola e cantando”, e que “mataram Tiradentes porque  anunciou estas  leis que estão aí governado, é assim a justiça dos homens” ( do livro de  Rodrigo Magalhães/ pág. 133 -134). Em 1781, Dom Rodrigo José de Menezes mandou expedir ao Comandante do Destacamento do Caminho Novo ( abrangia os territórios de Paraíba do Sul/ Paraibuna/ Juiz de Fora/ Barbacena etc.) – o  Alferes Xavier, na época residente na Fazenda da Rocinha da Negra ( hoje Cabuí, em Simão Pereira -  instruções pelas quais deveria reger. A Xavier estava encarregada a vigilância das margens do Rio Preto. TIRADENTES largou a vida de tropeiro em 1755, quando já conhecia Minas inteira. O governo da Capitania estava organizando o Regimento Regular de Cavalaria de Minas. A tropa paga:  um exército regular,  pago pelo erário , profissional.  Os oficiais deveriam ser homens brancos e de boas famílias. E  Joaquim José da Silva Xavier estava entre os admitidos. Foi designado com Alferes, atual Segundo -Tenente. *WRA/19.

Saga Xavier/Pág. S/Tiradentes // La liberté même tardive, la version française de A paixão de Tiradentes, c’est l’histoire d’un jeune étudiant, Boris, qui part au Brésil. Il va habiter quelques. “Eu, Teresa de Carvalho, juro por tudo o que me é mais sagrado, que nestas linhas, escritas por minhas mãos, não há uma vírgula que não corresponda à verdade. Rogo ao Senhor de todos nós que um dia alguém resgate minhas palavras e as use para fazer justiça.” Um estudante francês de partida para o Brasil descobre dentro de uma santa oca, deixada pela mãe que acabara de ser assassinada, uma fortuna em diamantes brutos e um manuscrito que data do Século XVIII, sobre um tal Xavier. Sem saber o real valor dos Papéis que tem em mãos, ele pede ajuda, ainda em terras francesas, à tia radicada em Ouro Preto, Véronique, para entender o que todas aquelas estranhas palavras querem dizer. A partir daí, o jovem Philippe passa a conhecer Teresa, uma graciosa e misteriosa judia que desembarcara no Rio de Janeiro em busca de uma nova vida. Assim como muitos, ao sair fugida de Portugal, deixa para trás a sua história e parte em busca de paz e felicidade.

O que ela não poderia imaginar era que se encantaria ainda no porto da desconhecida e bela Cidade, por um dedicado soldado dos Dragões da Cavalaria de Vila Rica. Em uma decisão repentina e impensada, ela aceita o abrigo oferecido pelo novo amigo que, posteriormente, se transformaria em seu marido, pai da sua única filha, e um dos maiores heróis que esse país já teve.

 Nas pesquisas que fizemos sobre TIRADENTES, percebemos que muito do que era falado sobre ele era extremamente pessoal, características que só poderiam ser conhecidas em uma convivência íntima, ou seja, vindas de uma pessoa muito próxima. Achamos então que a história poderia ser contada por uma mulher, ou melhor, pela mulher que mais o amava. Foi assim que surgiu a Teresa, uma pessoa forte, apaixonada e fundamental na vida de Xavier”, conta a médica mineira Stefânia G. Assunção, autora da obra, ao lado do escritor francês, Marc Boisson, que se dedicou principalmente à narração da personagem. Ao chegar ao Brasil, Philippe quer pesquisar a fundo o manuscrito encontrado para comprovar a sua veracidade e, à medida que conhece mais a história de Joaquim José da Silva Xavier, coisas estranhas acontecem, transformando a simples viagem de estudos em uma aventura repleta de paixão, suspense e perigos. “O suspense é algo imprescindível nos romances e, alinhar isso a um fato de tal importância como a Inconfidência Mineira, misturando passado e presente, o Brasil e a França, deixa a história ainda mais rica e saborosa. Caminhar por Ouro Preto é respirar história, e buscamos transpor isso para as páginas do livro. Sem contar a ligação da Inconfidência com a França, por intermédio de José Joaquim da Maia, que tentou buscar apoio junto a Thomas Jefferson. Era o tema perfeito para um francês e uma mineira trabalharem juntos”, explica Boisson.


 Registro do Ouro no Município de Simão Pereira/MG. ( Divisa de Rio de Janeiro/ Minas Gerais.. ( Foros/ *WRA - Assistente de fotografia: Barbamara Maxiniano).

           Baseada em cuidadosa pesquisa histórica, a Obra: A Paixão de Tiradentes apresenta a antiga Vila Rica e a atual Ouro Preto, inserindo o leitor na cidade que resume, para Stefânia, da melhor forma possível, o Estado de Minas Gerais. Nas páginas desse romance é possível viajar pelo município que inspira paixões e por muitas das tradições da região, incluindo as movimentas repúblicas estudantis e a Festa do Doze de Outubro - Data em que se comemora o aniversário da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). “Como num intrigante quebra-cabeça, fragmentos da História de Vila Rica e da Inconfidência Mineira se encaixam com tamanha precisão, que tudo pode ter acontecido exatamente como nos conta Teresa, a protagonista, com linguagem clara e fluente. É o tipo de texto que, quando se começa a ler, não se quer mais interromper. O suspense se mantém durante toda a narrativa, envolvendo o leitor do início ao fim”, resume Suely Perucci, mestre em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (USP) .( Pesquisa de: Texto de*Wilson Rodrigues de Andrade/Produtor Editorial do COMPAZ-FOLHA CULTURAL/FC./ Fev. 2015)

TIRADENTES... ( Texto pesquisa histórica e Produção Editorial. *Wilson Rodrigues de Andrade – Edição de Abril de 2019)


               TIRADENTES e sua Defesa pelo Ideário de Liberdade...
          
     Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, projetou-se na História como a alma da Conjuração mineira. Na Vila Rica de Ouro Preto homens de proa da Capitania de Minas Gerais integraram-se, desejosos de pôr fim ao jugo de Portugal. A trama era intensa e extensa, sempre inspiradas em nobres ideais de liberdade e justiça para todos. Todo este proceder permeado de ação aglutinadora e ardorosa de Tiradentes – esta alcançando a dimensão e o mais sério Movimento de libertação nacional emergido no Brasil antes da Independência.
            Um pouco de Conjuração mineira – Movimento de inspiração libertaria e republicana, pela Independência da Capitania de Minas Gerais, em fins do Séc. XVIII, durante o vice-reinado português no Brasil. A atividade da mineração provocou a montagem da máquina administrativa em Minas. O povoamento foi rápido e o comercio intenso. Desenvolveu-se vida urbana original, enquanto a sociedade ficou mais aberta, com isto a oferecer perspectivas aos grupos médios. Como a riqueza parecia inesgotável nos primeiros decênios do Séc. do período, instalou-se severo aparelho fiscal: o governo cuidou de tributos, desinteressado de melhorar as condições de trabalho. Com a quedada produção, na segunda metade do Séc., ficou difícil arrecadar o mínimo fixado de 100 arrobas de Ouro (correspondente ao Quinto). Se a importância não era atingida, apelava-se para a Derrama (cobrança extorsiva, feita em Minas Gerais, dos impostos ou quintos atrasados, para que a Metrópole não ficasse privada de seu quinhão sobre o produto do trabalho das populações, sobretudo a mineração), mesmo os que não eram mineradores, com somas arbitrariamente estipuladas. A Capitania tinha tradição de luta, desde os primeiros anos, e citamos a guerra dos emboabas, a sedição de 1720, além de levantes menores. Além da divida crescente dos povos com a ameaça da derrama, havia queixas contra as arbitrariedades de governantes com de Luiz da Cunha Meneses... Em 1789 – era grave a situação: a debilidade econômica  elevara a dívida do Quinto a 596 arrobas de Ouro, além de muitas dividas de contatos. O novo governador, Visconde de Barbacena, chegava, em 1788, este disposto a executar a cobrança, a da Derrama e de outros tributos.


 Marco em Homenagem Ao Alferes Xavier/ em Sebollas- Paraíba do Sul/Rio de Janeiro- BR. Tiradentes pregou aqui... ( Museu e Paço Sagro- Histórico)



            Minas torou-se o Cenário da Inconfidência (para os de Portugal...) porque era neste ponto que se mostrava mais opressivo o poder da Metrópole, instigada pela ânsia de arrecadar o máximo de Ouro que a Capitania mineirava.
             A tirania fiscal assumia proporções intoleráveis e tornava quase impossível viver com dignidade na terra das grandes riquezas minerais. Entre os participantes da Conjuração mineira estavam o juiz e poeta Tomás Antonio Gonzaga; o advogado e intelectual Cláudio Manoel da Costa; o minerador e poeta Alvarenga Peixoto; os religiosos padres: Rolim, Toledo e o cônego Luíz Vieira; o letrado José Alves Maciel; o militar tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrade; o fazendeiro José Aires Gomes; e muitos outros homens de boa condição social e de fortuna. TIRADENTES, dentre eles, era o de menor projeção, porém o com mais ardor e o que abraçava e defendia as idéias de rebelião e Independência. Suas andanças de Alferes (oficial  porta-estandarte...), proporcionaram-lhe ocasiões de, em pontos diversos da Capitania, promover pregação dos ideais de liberdade e emancipação, convencendo amigos e conhecidos, até conquistar  a adesão de superiores. O entusiasmo de XAVIER no esforço do propagar, deste modo, alicerçou a união de propósitos dos inconfidentes. Estavam estes empolgados pela beleza e pela força de atração do ideário da Revolução Francesa e da Declaração de Independência da América do Norte. Mas intensivo ante a perspectiva de converter as ideias em campanha e luta. A delação de um traidor pôs a perder a bem ‘costurada’ trama da Inconfidência. O peso da repressão caiu cruelmente sobre os conjurados, que, mantidos presos durante três anos, de 1789 a 1792, sofreram com rigor as conseqüências da sua conformação e do seu idealismo.   Vários deles, nos longos depoimentos a que foram submetidos, desceram aos desabafos acusadores e às censuras recíprocas. Não TIRADENTES, o Alferes José Joaquim da Silva Xavier chamou a si a responsabilidade do Movimento; confirmou sua conspiração pela Liberdade; Ele mostrou sua posição de não comprometer os companheiros. Com serenidade e altivez, a mais cabal demonstração de que o seu ideal de Liberdade e o seu amor pela Pátria livre eram tão grandes quanto o seu apreso pela sinceridade e pela lealdade. TIRADENTES foi o único Conjurado contra que m se manteve a condenação à morte. A todos os demais, comutou-se apena para degredo. Xavier recebeu com alegria o beneficio concedido ais companheiros e caminhou com tranquilidade para o Patíbulo, em 21 de Abril de 1792. TIRADENTES e seu gesto humilde de beijar as mãos do carrasco encheu de comovedora beleza a Cena trágica do enforcamento.                   
           Morria pela Pátria – TIRADENTES o idealista - que era também um homem de caráter, abrindo, com o seu nobre sacrifício, largos rumos de grandeza para a Terra que tanto amara.         

          
Tiradentes de 1748  - Nascimento visionário de nossas Causas...
             O admirável sacrificado da Conjuração Mineira – de dotes cultos, em poucos relatos de sua Historiografia encontraremos a afirmação, este que não passou de Alferes, por ser brasileiro; os portugueses conquistaram postos. TIRADENTES não se prestava a ser adulador; não sabia pedir. Despertando-lhe o sonho de um País emancipado, onde houvesse justiça e prêmio às virtudes.  Joaquim José da Silva Xavier – o que não se pode negar é sua inteligência clara e avançada, muito superior para sua época e de larga iniciativa e até na engenharia e mineralogia. Só uma grande inteligência poderia ser no traço valente, e humilde, e esplendida alma desassombrada que diante da morte – sorri tranquilo e, diante da miséria dos companheiros, Xavier consegue ter alento para perdoar. Ele teve a visão que se não tinha ainda: uma Cidade como o Rio de Janeiro; com o futuro do Rio, exigia com urgência um perfeito abastecimento de água e um Porto onde não faltassem trapiches – os Galpões  e Armazéns, isto em, 1784 para 1788.

  O Sistema Nacional de Cultura, o “SUS da Cultura” , sancionado por Lula, traz diretrizes para gestão e promoção de políticas no setor Dani...