terça-feira, 19 de abril de 2022

 TRAÇOS HISTÓRICOS      *Dr. Max 


Massacres e Redenção…


             Os estarrecedores acontecimentos de Minas não ficaram sós com o terrível e sangrento holocausto dos paulistas na desgraça do Capitão do Mato, pela discórdia e cobiça enfrentada pelo ouro, gerando a solerte traição.  O próprio Fernão Dias mandava enforcar o filho de criação por felonia. Garcia conhecia o fel e o termômetro da inveja, gana e violência dos aventureiros. Rio de sangue correu na hecatombe do Quilombo do Ambrósio com banho de 8 mil mortes  de sangue dos negros.

                 Com a derrocada dos paulistas o Capitão Nunes Viana assume a crista dos fatos da diáspora das Províncias da Colônia, não tendo o governo do Rio, nem em São Paulo e Minas, tudo entregue a lacaios tiranos do que a encenação sórdida de Felipe dos Santos, estirado vivo por quatro cavalos chuços; Álvaro de Albuquerque deixa o Rio, e se põe ao lado dos paulistas como Governador da nova Província, enquanto Minas-MG, está mergulhada no torpor, agravada pelo despotismo de seu governador, Conde Assumar, em 1720. Garcia se empenha para consolidar o Caminho Novo com a ajuda do cunhado Domingos Rodrigues da Fonseca e de Matias Barbosa, que se retirou do Ribeirão do Carmo e Antônio Dias, diante das arbitrariedades e volúpia do Ouro.

Bernardo de Proença abre a variante pela Serra da Estrela e leva a cultura para às Gerais, onde nasce o Tiradentes, Aleijadinho, Claudio Manoel da Costa, Maciel, Vidal Barbosa, Alvarenga, Luiz Vieira, Carlos Rolim, Bárbara Heliodora, A cultura é um colírio para os olhos e um refresco para o cérebro, e, até um excelente estimulante para a digestão, no incremento dos movimentos peristálticos.

                Muitos destes, nos indagam de fontes e do memorial para estas histórias, e mal traçadas linhas, dentre eles o culto e ilustre Procurador da União, Dr. Eurico do Vale e tantos outros, cuja bondade e tirocínio a nos abrir os filões de um metal histórico tão rico e valioso quanto a ouro. Aqui em breve pelos, Nogueira da Gama começa o Ciclo do ouro vegetal - o Café e as grandes Fazendas vão dando um ar e aspecto de grandeza e beleza na Região, graças a intrepidez colonizadores e comerciantes das alterosas  e da Metrópole; e não demorou que tivéssemos a Conjura Mineira, o Quilombo de Manoel Congo e logo a Independência já preparada e decidida na Forca de Tiradentes e em Sebollas.          



Sim, no Arraial da Serra do Tinguá que acolheu o braço e o peitoral do Alferes, onde pulsava um coração amoroso.

          Ali, no alpendre da Fazenda dos Irmãos Barbosa de Mattos, Ana Mariana de 16 anos, e padre Paulo do Ribeirão, o Conjurado da Arcada Mineira sonhou com a Pátria com liberdade com os seus filhos vivendo em Paz, Ordem e Prosperidade. A Emancipação passou por Sebollas e veio com o Barroso. Este, ali chegou, em 1790, na beira do Caminho Novo e abriu clareira no Mato Grosso, Sertão do Calisto, ajudou a levantar o Santuário Bom Jesus de Matozinhos e socorreu a Corte de D. João VI, e, a Metrópole do Rio de Janeiro, à vida de mais de vinte mil Bocas. Fundou a Fazenda do Cantagalo, Boa União, São Lourenço, Barreiro e numerosos Sítios. Solidarizou com Mauá e Mariano Procópio e a filha Condessa fundou a Cidade de ENTRE-RIOS.  



*Dr. Antônio Maximiano de Oliveira/ Membro - fundador do COMPAZ/Folha Cultural/ Ex - Presidente do Conselho Municipal de Cultura/Três Rios- Rio de Janeiro-Brasil.


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