Irmã Dulce/ Ativista do Pacifismo se dedicou à
classe trabalhadora. *C/Folha Cultura
Relatos de
milagres e Graças alcançadas se multiplicaram, tanto no Brasil quanto no
exterior, superando a marca dos 14 mil catalogados. Santa Dulce dos Pobres teve dois milagres
reconhecidos pelo Vaticano; canonização aconteceu no, 13 de Out. de 2019.
Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, a Irmã Dulce,
à primeira Santa brasileira. A Beata canonizada no Vaticano pelo Papa
Francisco, em 13 de Out. de 2019, e passará a ser chamada de “Santa Dulce dos
Pobres”, por conta de sua vida dedicada aos mais vulneráveis. Informalmente,
Dulce já é tratada na condição de santa na Bahia e seu Santuário no Largo de
Roma, em Salvador, atrai fieis e romeiros durante todo o ano.
Dulce nascida em 1914 na Capital baiana, desde a
adolescência Dulce já manifestava o desejo de seguir a vida religiosa. Ela
lotava a casa dos pais de pessoas doentes e transformou o local em um
centro informal de atendimento, em 1927. A Casa ficou conhecida como “a Portaria
de São Francisco”.
Aos 23 anos, ela fez sua profissão de fé e votos
perpétuos, tornando-se Freira após seis meses na Congregação das Irmãs
Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em Sergipe. A preocupação
de Dulce com os menos favorecidos permeou toda sua vida e se manifestou
inclusive na escolha do seu time de futebol. A religiosa torcia desde
pequena para o Esporte Clube Ypiranga, uma tradicional Equipe baiana,
formada por excluídos sociais e pela classe trabalhadora.
Foi nas
palafitas do conjunto de favelas conhecido como Alagados que o trabalho
social da religiosa passou a ser conhecido (Foto: Acervo Memorial Irmã
Dulce) Arq. PC-FC...
Já tornada Freira, seu primeiro trabalho foi em um Colégio,
na Cidade Baixa, em Salvador (BA). A Irmã Dulce começou a atender a Comunidade
pobre dos Alagados, formada majoritariamente por Operários. A atuação no local
resultou, em 1936, na criação de um Posto médico e da primeira Organização
Operária Católica do Estado, a União Operária São Francisco. A União,
posteriormente, tornou-se o Círculo Operário da Bahia, que visava a
promoção cultural e social dos trabalhadores, e era sustentado pela renda
gerada por três cinemas construídos por meio de doações. Em relação
permanente com a classe operária, ela ajudou a fundar o Colégio Santo Antônio,
pensado para educar os filhos das trabalhadoras e trabalhadores.
O trabalho de
Dulce ao lado dos enfermos começou aos 13 anos, quando transformou a casa de
seus pais num local de atendimento (Foto: Acervo Memorial Irmã Dulce) Arq.
PC-FC.
O maior destaque de sua trajetória enquanto
militante e ativista do pacifista religiosa e social foi sua atuação ao lado
dos enfermos, que rendeu a *Irmã Dulce o carinhoso nome de “Anjo bom da
Bahia”. Exemplo disso está na história do maior Hospital da Bahia, o Santo
Antônio. A Instituição surgiu por iniciativa da *Irmã, que ofereceu tratamento
a 70 doentes resgatados das Ruas de Salvador em um abrigo improvisado no
galinheiro do Convento Santo Antônio. O Local realiza atualmente 16,5 mil internações
e 10 mil cirurgias anuais. No total, são 3,5 milhões de procedimentos
ambulatoriais por ano por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). ( *Produção Editorial de: Wilson Rodrigues de Andrade/ COMPAZ- FC.)