TIRADENTES... ( Texto pesquisa histórica e Produção Editorial. *Wilson Rodrigues de Andrade – Edição de Abril de 2019)
TIRADENTES e sua Defesa pelo Ideário
de Liberdade...
Joaquim José da Silva Xavier, o
Tiradentes, projetou-se na
História como a alma da Conjuração mineira. Na Vila Rica de Ouro Preto homens
de proa da Capitania de Minas Gerais integraram-se, desejosos de pôr fim ao
jugo de Portugal. A trama era intensa e extensa, sempre inspiradas em nobres ideais
de liberdade e justiça para todos. Todo este proceder permeado de ação
aglutinadora e ardorosa de Tiradentes – esta alcançando a dimensão e o mais
sério Movimento de libertação nacional emergido no Brasil antes da
Independência.
Um pouco de Conjuração mineira –
Movimento de inspiração libertaria e republicana, pela Independência da
Capitania de Minas Gerais, em fins do Séc. XVIII, durante o vice-reinado
português no Brasil. A atividade da mineração provocou a montagem da máquina
administrativa em Minas. O povoamento foi rápido e o comercio intenso.
Desenvolveu-se vida urbana original, enquanto a sociedade ficou mais aberta,
com isto a oferecer perspectivas aos grupos médios. Como a riqueza parecia
inesgotável nos primeiros decênios do Séc. do período, instalou-se severo
aparelho fiscal: o governo cuidou de tributos, desinteressado de melhorar as
condições de trabalho. Com a quedada produção, na segunda metade do Séc., ficou
difícil arrecadar o mínimo fixado de 100 arrobas de Ouro (correspondente ao
Quinto). Se a importância não era atingida, apelava-se para a Derrama (cobrança extorsiva, feita em Minas Gerais,
dos impostos ou quintos atrasados, para que a Metrópole não ficasse privada de
seu quinhão sobre o produto do trabalho das populações, sobretudo a mineração),
mesmo os que não eram mineradores, com somas arbitrariamente estipuladas. A
Capitania tinha tradição de luta, desde os primeiros anos, e citamos a guerra
dos emboabas, a sedição de 1720, além de levantes menores. Além da divida
crescente dos povos com a ameaça da derrama, havia queixas contra as
arbitrariedades de governantes com de Luiz da Cunha Meneses... Em 1789 – era
grave a situação: a debilidade econômica
elevara a dívida do Quinto a 596 arrobas de Ouro, além de muitas dividas
de contatos. O novo governador, Visconde
de Barbacena,
chegava, em 1788, este disposto a
executar a cobrança, a da Derrama e de outros tributos.
Minas torou-se o Cenário da Inconfidência (para os de
Portugal...) porque era neste ponto que se mostrava mais opressivo o poder da
Metrópole, instigada pela ânsia de arrecadar o máximo de Ouro que a Capitania
mineirava.
A tirania fiscal assumia
proporções intoleráveis e tornava quase impossível viver com dignidade na terra
das grandes riquezas minerais. Entre os participantes da Conjuração mineira estavam
o juiz e poeta Tomás Antonio Gonzaga; o advogado e intelectual Cláudio Manoel
da Costa; o minerador e poeta Alvarenga Peixoto; os religiosos padres: Rolim,
Toledo e o cônego Luíz Vieira; o letrado José Alves Maciel; o militar tenente-coronel
Francisco de Paula Freire de Andrade; o fazendeiro José Aires Gomes; e muitos
outros homens de boa condição social e de fortuna. TIRADENTES, dentre eles, era o de menor projeção, porém o com
mais ardor e o que abraçava e defendia as idéias de rebelião e Independência.
Suas andanças de Alferes (oficial
porta-estandarte...), proporcionaram-lhe ocasiões de, em pontos diversos
da Capitania, promover pregação dos ideais de liberdade e emancipação,
convencendo amigos e conhecidos, até conquistar
a adesão de superiores. O entusiasmo de XAVIER no esforço do propagar, deste modo, alicerçou a união
de propósitos dos inconfidentes. Estavam estes empolgados pela beleza e pela
força de atração do ideário da Revolução Francesa e da Declaração de
Independência da América do Norte. Mas intensivo ante a perspectiva de
converter as ideias em campanha e luta. A delação de um traidor pôs a perder a
bem ‘costurada’ trama da Inconfidência. O peso da repressão caiu cruelmente
sobre os conjurados, que, mantidos
presos durante três anos, de 1789 a 1792, sofreram com rigor as conseqüências
da sua conformação e do seu idealismo.
Vários deles, nos longos depoimentos a que foram submetidos, desceram
aos desabafos acusadores e às censuras recíprocas. Não TIRADENTES, o Alferes
José Joaquim da Silva Xavier chamou a si a responsabilidade do
Movimento; confirmou sua conspiração pela Liberdade; Ele mostrou sua posição de
não comprometer os companheiros. Com serenidade e altivez, a mais cabal
demonstração de que o seu ideal de Liberdade e o seu amor pela Pátria livre
eram tão grandes quanto o seu apreso pela sinceridade e pela lealdade. TIRADENTES foi o único Conjurado contra que m se manteve a
condenação à morte. A todos os demais, comutou-se apena para degredo. Xavier recebeu com alegria o beneficio concedido ais
companheiros e caminhou com tranquilidade para o Patíbulo, em
21 de Abril de 1792. TIRADENTES e seu gesto humilde de beijar as mãos do carrasco
encheu de comovedora beleza a Cena trágica do enforcamento.
Morria pela Pátria – TIRADENTES o idealista - que era também um homem de caráter,
abrindo, com o seu nobre sacrifício, largos rumos de grandeza para a Terra que
tanto amara.
O
admirável sacrificado da Conjuração
Mineira – de dotes cultos, em poucos relatos de sua Historiografia encontraremos
a afirmação, este que não passou de Alferes, por ser brasileiro; os portugueses
conquistaram postos. TIRADENTES não se prestava a ser
adulador; não sabia pedir. Despertando-lhe o sonho de um País emancipado, onde
houvesse justiça e prêmio às virtudes. Joaquim
José da Silva Xavier – o que não se pode negar é sua inteligência clara e
avançada, muito superior para sua época e de larga iniciativa e até na
engenharia e mineralogia. Só uma grande inteligência poderia ser no traço
valente, e humilde, e esplendida alma desassombrada que diante da morte – sorri
tranquilo e, diante da miséria dos companheiros, Xavier consegue ter alento para perdoar. Ele teve a visão que se não tinha
ainda: uma Cidade como o Rio de Janeiro; com o futuro do Rio, exigia com
urgência um perfeito abastecimento de água e um Porto onde não faltassem
trapiches – os Galpões e Armazéns, isto
em, 1784 para 1788.
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