A atual crise migratória e de refugiados no
mundo deve ser encarada como uma oportunidade de fortalecer a
humanidade e garantir a dignidade de todos os seres humanos, disse a
diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (UNESCO), Irina Bokova.
“Ao deixar seus países de origem, muitos migrantes e refugiados
tiveram suspensos seus direitos como cidadãos nacionais — mas não
deixaram para trás seus direitos como seres humanos, sua dignidade
inerente”, declarou.
Refugiados recém-chegados acenam ao se aproximarem da costa de Lesbos,
ilha na região do Egeu, no norte da Grécia. Foto: UNICEF/Ashley
Gilbertson VII
A atual crise migratória e de refugiados no mundo deve ser encarada como uma oportunidade de fortalecer a humanidade e garantir a dignidade
de todos os seres humanos, disse na semana passada (15) a
diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (UNESCO), Irina Bokova.
“Ao deixar seus países de origem, muitos migrantes e refugiados
tiveram suspensos seus direitos como cidadãos nacionais — mas não
deixaram para trás seus direitos como seres humanos, sua dignidade
inerente. É por isso que a atual crise migratória e de refugiados deve
ser vista como uma oportunidade de fortalecer a humanidade que todos nós
compartilhamos e a dignidade que desejamos”, disse Bokova.
As declarações foram feitas durante a abertura da conferência “A Face
Humana da Migração: Perspectivas Históricas, Testemunhos e
Considerações Políticas”, realizada na sede da UNESCO em Paris, na
França, ao lado do reitor da Universidade das Nações Unidas (UNU) e
presidente do Grupo Mundial sobre Migração (GMM), David Malone.
Em seu discurso, Bokova destacou a centralidade da mobilidade humana
no debate político, e advertiu sobre os riscos do ódio ao “outro” e do
medo da diversidade nas sociedades.
Segundo ela, a estigmatização faz com que homens e mulheres não sejam
vistos como indivíduos, mas como parte de um “fluxo” desestabilizador.
Bokova lembrou que, por trás do rosto de cada migrante e refugiado,
existe uma história individual, em muitos casos histórias de tragédia e
dificuldade, as quais devem ser transformadas em histórias de esperança.
É com esse espírito de cooperação e solidariedade que UNESCO, a
Fundação Marianna V. Vardinoyannis e Coalizão Europeia de Cidades contra
o Racismo uniram forças pela iniciativa Cidades Acolhedoras para
Refugiados: Promover a Inclusão e Proteger Direitos, lançada em 2016. A
publicação intitulada “Cities Welcoming Refugees and Migrants” (cidades dando as boas-vindas a refugiados e migrantes, em tradução livre) é o primeiro resultado prático dessa parceria.
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