Incertezas globais ampliam necessidade de integração latino-americana e caribenha, diz CEPAL /Publicado em 26/01/2017. Via UNIC-Rio/ C/FC.
Diante das incertezas econômicas e
geopolíticas globais, a integração entre países latino-americanos e caribenhos
é ainda mais necessária. A declaração foi feita pela secretária-executiva da Comissão Econômica para a América Latina e o
Caribe (CEPAL), que participou esta semana na República Dominicana da 5ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da
Comunidade de Estados Latino -Americanos e Caribenhos (CELAC).
A Secretária -Executiva da Comissão Econômica para a América
Latina e o Caribe (CEPAL), Alicia Bárcena, afirmou em 24 de Jan. de 17,
que, diante das incertezas globais, a integração entre países latino-americanos e caribenhos é ainda mais necessária.
As Declarações foram feitas
durante a 5ª Cúpula de Chefes de Estado e
de Governo da Comunidade de Estados Latino -Americanos e Caribenhos (CELAC)
realizada em Bávaro, na República Dominicana. “Diante da grande incerteza
atual, avançar na integração regional é mais necessário do que nunca”, disse
Bárcena durante a reunião prévia de ministros de Relações Exteriores. Segundo
ela, é necessário promover a diversificação produtiva com base na revolução
tecnológica e nos incentivos vinculados à luta contra as mudanças climáticas. Ela
advertiu que a América Latina e o Caribe têm registrado baixo crescimento — a CEPAL calcula que em 2016 a economia
regional se contraiu 1,1% e, para 2017, a projeção é de leve expansão de 1,3% —
o que se soma à desaceleração do comércio, o escasso investimento físico, em
capital humano e em pesquisa e desenvolvimento, e a persistência da
vulnerabilidade externa e dos desequilíbrios estruturais, como a interrupção da
redução da pobreza e a limitada diversificação produtiva. Bárcena lembrou que o
resto do mundo também enfrenta baixas taxas de crescimento econômico e do
comércio, enquanto os fluxos financeiros adquirem importância crescente. Ao
mesmo tempo, as desigualdades aumentaram, assim como a migração para as regiões
desenvolvidas e a revolução digital acentuou a concentração empresarial nos
Estados Unidos e na Ásia. A essas mudanças se adicionam a crescentes incertezas
e riscos derivados do novo contexto geopolítico. “Um sistema internacional com
poucas regulações e onde os mecanismos multilaterais são fracos favorece atores
mais fortes”, disse Bárcena. Frente a isso, ela aposta no fortalecimento da
governança da globalização e na promoção de novas alianças público -privadas que
permitam gerar uma mudança na estrutura produtiva dos Países da América Latina e do Caribe sobre a base
de um grande impulso ambiental. Para isso, Bárcena afirmou ser necessário
colocar em prática políticas fiscais ativas que reduzam a evasão fiscal e
manter atento para os gastos públicos, assim como diversificar a carteira de
investimentos para setores diferentes dos extrativos, impulsionar a
industrialização, aumentar o componente local da produção, fomentar a
integração produtiva inter -regional, acelerar a facilitação do comércio,
colocar em Ação um programa regional de infraestrutura e avançar para um
mercado único digital.
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