domingo, 15 de junho de 2025

 Há de se agir! É necessária a consciência Pacifista na atualidade!


A PAZ é construída! Parte integrante da Coletividade Humana. Ideário de muitos! A PAZ não se concretizará sem sacrifícios, e sim com o exercer permanente de atividade, pois a Causa é justa - e desprendimento - para alcançarmos. Necessitaremos dos serviços de todos!

 Cada Indivíduo ao fazer a sua parte - despertará a Esperança/Ativa, - Pacifismo em Ação; e o Tempo - nossa maior oportunidade para refletir o Ideário Pacifista. Nós os facilitadores da Cultura de PAZ!  

      Dê uma oportunidade a PAZ! (COMPAZTR-RJ-Br. Jornal/Revista FOLHA CULTURAL). Jun. /2025.




Preservar a Vida é um dever de Todos. Fazemos parte do Meio Ambiente. A PAZ é Possível depende de Nós! COMPAZTR/RJ-Brasil.

quarta-feira, 28 de maio de 2025

 Pela Vida e pela PAZ 

                                                                                                     *Valdir Jorge Rodrigues/Maio de 24.

A Paz é o encontro da consciência coletiva da heterogeneidade da Humanidade para o bem da Vida, da preservação e de estudos de todas as formas e de criações culturais.

 A política igualitária de respeito mútuo, e pelas diferenças de Povos - de mesmo modo - com suas organizações sociais e legais - e, além da formação de um Comitê Internacional composto por maioria plena de Nações comprometidas com uma defesa mútua de suas economias e saúde de seus habitantes, evitando, assim a produção e venda de armas além de um rígido controle do uso atômico somente para fins de melhora e preservação da Vida Humana e de toda Natureza. Claro que isso ainda é um sonho, porém, já estamos começando a sonhar!

Texto e reflexão de: *Valdir Jorge Rodrigues/ Membro -fundador do COMPAZTR. 

terça-feira, 13 de maio de 2025

 FRANCISCA e ISABEL - O Brasil em Uníssono

*Fabiana Ramalho Bagarolli 

          O Movimento abolicionista no Brasil não foi restrito a elites engajadas, nem a um punhado de figuras influentes. Foi um movimento amplo, articulado e enraizado nas diversas camadas da sociedade brasileira, com início ainda na década de 1830 — mais cedo do que se ensina, mais profundo do que se reconhece.

             Desde esse período, surgiram associações formalizadas, regulamentadas, legítimas, que funcionavam com seriedade e alcance. Não eram reuniões informais de idealistas: eram instituições com nome, sede, articulação política e ação concreta. E o mais importante: não havia financiamento externo ou apoio do Estado. Tudo partia do esforço direto dos seus integrantes. Chiquinha Gonzaga, por exemplo, vendia partituras de porta em porta para arrecadar fundos com os quais libertava, literalmente, pessoas escravizadas.

        Essas organizações reuniam nomes centrais da vida cultural e política do Império: Machado de Assis, Joaquim Nabuco, André Rebouças, Luiz Gama — e Dona Isabel, a então princesa imperial. Dona Isabel não somente assinou a Lei Áurea: ela frequentava saraus abolicionistas, participava de eventos promovidos por Machado de Assis e fazia doações generosas, de recursos próprios, diretamente às associações.




Princesa Isabel - era, sim, abolicionista. E isso foi dito — e escrito — por seus contemporâneos. Mas a História, mais tarde, silenciou. Silenciou os vínculos afetivos entre o povo brasileiro e a família imperial brasileira. Silenciou a presença pública e concreta da princesa Isabel, junto às causas sociais. Não apagaram — mas esconderam. Omitiram. Encobriram. E caberá a nós, que encontramos esses rastros, devolvê-los ao Povo.

E então chegou o dia! 13 de maio de 1888. O Dia em que a Lei Áurea foi assinada. O Dia em que, como escreveu, André Rebouças, “nunca se viu no Brasil tamanho júbilo”.

Para aquele Momento, os integrantes da associação abolicionista do Rio de Janeiro, da qual Chiquinha fazia parte, reuniram pequenas quantias para comprar uma pena de ouro. Não poderia ser qualquer instrumento a assinar aquele documento. Aquela pena precisava honrar as mãos que a empunhariam — as mãos da Redentora — e o papel que ali repousava.

Chiquinha Gonzaga entregou em mãos a pena de ouro a Dona Isabel. E, com ela, ofereceu também um hino. Uma música, não de protesto, mas de gratidão.

Era o “HINO À REDENTORA”.

Naquele dia — ainda que um só — o Brasil foi inteiro.

Homens e mulheres. Negros e brancos. Pobres e abastados.

Todos à rua. Todos ao lado da liberdade.

Todos vibrando o mesmo gesto.

Dizem muito pouco sobre isso.

Sobre o que os brasileiros do século XIX sentiam, pensavam, escreviam sobre o Império. Dizem pouco porque lhes convém que se saiba pouco. Mas a verdade é que, para além da caricatura dos nobres distantes e dos palácios fechados, existiam vínculos. Existia afeto. Existia reconhecimento. E o povo sabia disso.

Chiquinha Gonzaga e Dona Isabel, separadas por tantas camadas — de classe, de mito, de silêncio —, foram duas mulheres que agiram. Que escolheram. Que entregaram. E que, no final, se abraçaram.

Não por um só dia, mas num dia que as uniu para sempre. Num dia em que o Brasil, pela primeira vez, cantou em Uníssono. 

Por: Fabiana Ramalho Bagarolli/ nosso agradecimento - pela lembrança e, aqui  compartilhada/ COMPAZTR/FC.


terça-feira, 15 de abril de 2025

 Reverenciar Poesias… Cadência de Paz 

    

        O Livro é, possivelmente, uma das mídias mais Resilientes de todos os Tempos. Outra fonte brinca com isso ao dizer que, no futuro, será resistente a altas e baixas temperaturas, à prova d'água e não precisará de bateria nem de conexão wifi. Será feito, veja só, de papel. Dá para entender o fetiche do Papel e como ele ajudou a construir a História do Livro na Jornada Civilizatória e Humana. Impossível resistir às diferentes texturas. Edições ilustradas, à descoberta de novas Fontes e em fascinantes Capas. Edição afora! Para Aristóteles, toda criação intelectual era “poiesis”, por oposição a “praksis”, que era a Ação. Para Heródoto, era a Arte de compor obras poéticas; e Platão dizia que às duas Artes poéticas eram a Tragédia e a Comédia. Na Civilização grega, a “poiesis” se expressava em “poiema”, poemas, que podiam ser “epos”, épicos, ou “melos”, líricos. Destas palavras gregas derivaram-se outras latinas, tais como “poesis”, poesia, “poeta”, poeta, “poetria”, poetisa, “poética” ou “poeticés”, Obra Poética. (Pesquisas e Texto/*Wilson Rodrigues de Andrade)


quinta-feira, 20 de março de 2025

 Celebre conosco o #DiaInternacionaldosMuseus passeando pelas principais obras e ações que estamos realizando para devolver o #MuseuNacionalUFRJ à toda a comunidade!

Nossa reconstrução segue em ritmo intenso, englobando atividades como o restauro das fachadas e coberturas do Paço de São Cristóvão, a restauração dos jardins históricos, a reforma e ampliação da Biblioteca Central e a construção do Campus de Pesquisa e Ensino do Museu Nacional/UFRJ.
Os museus são instituições potentes, que nos ajudam a compreender melhor o mundo em que vivemos e a construir o nosso futuro! O #MuseuNacionalVive!


O Projeto Museu Nacional Vive é resultado de uma cooperação técnica entre UFRJ, UNESCO e Instituto Cultural Vale. Conta com o patrocínio platina do BNDES, Bradesco e Vale; apoio do Ministério da Educação (MEC), Bancada Federal do Rio de Janeiro, Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e do Governo Federal, por meio da Lei de Incentivo à Cultura. Conheça melhor o Projeto em www.museunacionvalvive.org.br

segunda-feira, 17 de março de 2025

 O Carisma - qualidade especial de muitos. 'Dom por graças' de Atitudes por Obras das Artes e Cultura… *WRA/maio /24. III

        A CULTURA - não é tão somente a erudição das 'elites' - é, certamente, a Vida de um Povo; suas Localidades, suas Comunidades, suas Tradições; seus Valores Artísticos e Culturais - suas Histórias, seus Costumes e Conteúdos; suas Memórias, sua Humanidade e o Processo Civilizatório. A partir das Vivências e Estudos - o atravessar por Experiências e Pesquisas da função cultural étnica - indígena-afro-latina, e dos migrantes europeus e asiáticos - os que aqui chegaram - e, a mistura de costumes e vivências culturais, a partir do Conhecimento e de Identidade para melhor interesses de Indivíduos e suas Culturas. O fortalecer a Cidadania de nossa Gente e suas Localidades. Cultura não é desejo, pura e simplesmente; é, sim, necessidade, ou seja, bem necessário.

                                                  


       Os fazedores e facilitadores Culturais - motivadores da Coletividade Criativa. Elo envolvente. Portanto, o formador do Processo Cultural; os criadores de condições no reviver de todos os Tempos.  Suas conquistas transformadas em Patrimônio para o usufruir do bem necessário que é a própria Cultura.

     O Carisma - qualidade especial de muitos. 'Dom por Graças' de Atitudes por Obras das Artes e Cultura. O reconhecimento pela existência de Artistas - os que se dedicam; produzem, reproduzem e promovem individualmente - a redefinição das Obras de Artes; propondo, desse modo, uma abordagem dos aspectos Coletivos - envolver o Trabalho Artístico -, sem o descuidar de análise da Obra em si:

- É por 'Anseio Coletivo' que se faz a História; passar pela condição Humana em construções - e, assim, caminhar do Processo Civilizatório - com seus conflitos e imperfeições na busca de Valorização cotidiana e melhoramento permanente.

- A Cultura - é produção Humana - e, não pode ser hierarquizada; pois não é possível justificar qual seria o Padrão Cultural, ser consequentemente tomado como critério de diferenciação. 

- Há, sim, diversas faces da Cultura e a prática gerencial… nos leva, também, a melhoramentos constantes. O Fomentar das Ações culturais de um Território passa por promover o Desenvolvimento Humano Sustentável/DHS, a partir do enaltecer (elevar…), estimular (fazer vibrar…), exitar (ativar para a Ação…) e incitar (instigar - impulsionar…). A Democracia - é Desenvolvimento e Paz - que os Direitos seja o Centro de nossas preocupações para o pleno alcance deste Desenvolvimento Humano Sustentável/DHS para com a Vida de todos!

 Pesquisa e organização de Textos de: Wilson Rodrigues de Andrade. (C/DEDAC - Produtor Editorial e Cultural *Jornal/Revista Folha Cultural//-*FC.) Maio de 2024.


sexta-feira, 14 de março de 2025

 Cidadania e Cidadão/*WRA.


O que é ser Cidadão? O que é Cidadania?


     Cidadão é qualquer pessoa que tem seu registro de nascimento. Cidadania é todo Cidadão que respeita as Leis, que tem seus direitos e cumpre com seus deveres.

   Ser Cidadão é viver com dignidade, demostrar respeito ao outro, é manter o espírito cooperador com sua Cidade, seu Estado, seu País. É mostrar às autoridades competentes o que se passa na Comunidade.

   O Poder emana do Povo e em seu nome é exercido (Art. 1, par. 1º./ da Constituição – instrumento jurídico-político…) e, está nas mãos de cada Cidadão exercer este poder que é a sua Cidadania. Ser Cidadão é agir, trabalhar, tornar-se parte viva na Comunidade, Ele consciente e responsável pela construção da História de uma Nação.

    Os Jovens - a nova geração - os que são a nova esperança de qualquer País em qualquer época, devem ter a consciência e a coragem de encarar as interrogações mais sérias da existência humana - e este mundo com seus valores, problemas, esperanças, anseios, aspirações, conquistas e fracassos.

   Num Mundo onde as situações econômicas, sociais, políticas e culturais apresentam sérios problemas e dificuldades, quando estes (os Jovens), encorajados a serem ativos protagonistas no ato do ser Cidadão, terão o poder real da mudança e do novo; com a sábia consciência de saber discernir o que pode ser mudado e o que exigir do poder público, pois o mundo em que se vive está cheio de injustiça, angustias, tristeza e descaso.

   E todo Cidadão, independente de etnia, crença religiosa ou não, tem o dever de fazer deste um lugar melhor para todos; e, qualquer Cidadão tem um lugar insubstituível nos setores do Mundo - no lugar em que vive, como sinal de fonte de esperança e amor. Com atitude e Ação positiva, e, para agir juntos em defesa de um Mundo Desenvolvido, Humano e Sustentável para todos!    


*Wilson Rodrigues de Andrade (Pesquisador das Ciências Sociais, Produtor Editoria /Produtor Cultural/Jornalista/ Escritor - Poeta.   



quarta-feira, 12 de março de 2025

 Ativismo Pacifista em permanente Reflexão… o Conviver Coletivo. 


             Nós- os Seres Coletivos. Pessoas. Seres que vivemos em Humanidade. Nós - os que permanecemos em laços de fraternidade, ou seja, em Equipe - reunidos em Assembleias. Em revisão de Vida pessoal que, portanto, estar em vigilância diante da vivência Coletiva - em Comunidade; relacionamento e sinergia de Vidas. 


              A Ação Social - incumbência por mandato, em propósitos e defesa da Causa, a partir do ativismo pacifista-cultural. Promover produtores de Artes - é fazer da Vida a constante sensibilidade, é estar em permanente reflexão! 


                A Causa primordial - o oportunizar, o criar condições de Apoiar e Fomentar a Cultura de PAZ - entre Individuais e Povos! Então, ao sabermos disso, temos que nos chegarmos nas Pessoas (Membros, Colaboradores, Simpatizantes, Voluntariado e Parceiros…) - os que nos ajudarão em atitude participativa e colaborativa; e contar quais são os seus Sonhos; e, juntos, produzir e promover Projeto/Ação em vivência Coletiva. Criar, também, possibilidades de Desenvolvimento, a partir da Vida Cultural Criativa e Sustentável para todos os Envolvidos de nossa *Região/Alvo. (P/ COMPAZTR-RJ-Brasil *WRA/ Jun. 2023)



Nossa Missão, com determinação de sempre…– o Ativismo - Cultural, também é, naturalmente, a Missão; pois afinal - é pelo seu meio - o exercer na governança e, no ordenamento de Vidas e seus Espaços de fala e de serviço público (para o público e com o público…), pelas Vidas em Coletividade. 


               Nenhum Ser humano deve assumir sua humanidade fora de uma estrutura social dignificante; deve existir com alguma forma de organização ou de processo político descente e necessário para todos. Diante do que exponho podemos avaliar que através do ativismo - forma -se em tarefas e criador de condições de desenvolver Seres, aperfeiçoar estruturas efetivar missões e resultados com a participação de todos e pelos meios diversos de vivências pacifica e ordeira; ou por iniciativa própria, ou por representação Participativa - o Patrimônio  adquirido, conquistado, edificado por Estados e seus Entes constituídos. Postura de representante (o exercer mandato…) deve passar preferencialmente pela vontade e interesse dos que são os representados - a Coletividade. 


“Quem se aplica (se dedica) a Servir, desde os anos da Juventude, muito antes da Velhice - é servido pela Vitória na Madureza” (André Luiz)

     


sexta-feira, 7 de março de 2025

 Nossa homenagem. 49 sem Bertha Lutz: quem foi a cientista e ativista revolucionária. *WRA/mar.25.

Direitos ao Voto, ao Trabalho digno, à licença maternidade, a uma cadeira na Sala de Aula e à possibilidade de protestar contra qualquer retrocesso são inquestionáveis, e podem parecer corriqueiro à Mulher do Século XX. No entanto, essas garantias não surgiram de uma hora para outra. A luta e a conquista de emancipação feminina são vitórias que têm as mãos de mulheres da primeira metade do Século XX. Entre elas, da paulistana Bertha Lutz /1894-1976. Ela que foi fundamental para que tudo isso ocorresse.

“Recusar à mulher a igualdade de direitos em virtude do sexo é renegar justiça a metade da população” Bertha Lutz


Início da luta

Um ano após seu retorno ao Brasil, Bertha Lutz criou a Liga para Emancipação Intelectual da Mulher, que foi o pontapé inicial para a criação futura da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino /FBPF. Em 1921, a Liga iniciou a prática de enviar cartas aos políticos da época solicitando projetos que possibilitaram às mulheres o direito de voto.

No ano de 1932, o ex-presidente, Getúlio Vargas instalou o novo código eleitoral que permitia o voto feminino no Brasil com esta abertura, Bertha foi deputada da Câmara Federal em, 1936, onde lutou pela igualdade salarial entre homens e mulheres, pela licença maternidade e redução da jornada de trabalho. Entretanto, em 1937, Vargas instalou o Estado Novo e fechou o Congresso Nacional do Brasil - que afetou o direito ao voto feminino.

Em 1945, a ativista Bertha Lutz - foi enviada à Conferência de São Francisco nos Estados Unidos da América do Norte - Encontro que resultou na criação da Organização das Nações Unidas /ONU, na ocasião de 850 delegados - somente 6 eram mulheres, e Bertha sendo uma delas lutou para que a Carta da ONU incluísse a igualdade de gênero, e obteve sucesso. Já em 1965, ela viu o voto feminino ser igualado ao masculino, até então somente mulheres assalariadas podiam votar.

Ao completam-se 49 anos de falecimento da bióloga, zoóloga, educadora, advogada e ativista e, que colaborou para mudar a história da mulher no Brasil. De acordo com estudiosas da vida e obra de Bertha Lutz, o legado dela, embora seja marcado de lutas, é pouco divulgado. “Bertha Lutz deveria ser divulgada nas Escolas o tempo inteiro. Todas precisamos conhecer as lutas que fizeram com que chegássemos até aqui”, diz a bióloga, Silvana Calixto, a qual é também museóloga do **Instituto Adolpho Lutz/IAL, em São Paulo.

Pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz, a bióloga, Magali Romero Sá reforça que se faz necessário que toda a sociedade conheça a trajetória de Bertha Lutz em vários campos menos divulgados do que a luta dela pelo voto feminino. “Bertha Lutz - a responsável, por exemplo, pela inclusão do discurso de igualdade de gênero na Carta da ONU, em 1945. Ela que conseguiu incluir a palavra ‘mulheres’ na Carta.”

*Bertha Lutz na atualidade

A *cientista escreveu dois livros, “Brazilian Species of Hyla” e “A função Educativa dos Museus” em 1973. Um ano antes de seu falecimento, em 1975, Lutz - compareceu à ONU, convidada pelo Itamaraty, para uma Conferência do Ano Internacional da Mulher. Bertha doou seus acervos para o Museu Nacional, contudo esses Documentos queimaram no incêndio catastrófico ocorrido em 2018. Atualmente, o acervo restante de Bertha Lutz continua sob a guarda da UFRJ, no Museu Nacional.

Em sua Homenagem, o Senado Federal do Brasil criou o Diploma Bertha Lutz, agraciando as mulheres que tenham oferecido contribuições relevantes para o direito da mulher e igualdade de gênero no Brasil. O projeto que deu origem ao Diploma veio da senadora Emília Fernandes e foi consolidado em 1998. Para a decisão de quem deve receber o referido Diploma, é feita, anualmente, uma Sessão no Senado em especial para esse Debate, tendo sido escolhidas cinco mulheres para receber o Diploma Bertha Lutz. As indicações e a escolha das premiadas é feita pelo Conselho do Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz, composto por um representante de cada partido político com assento no Senado Federal.

“Eu queria reforçar que as mulheres hoje continuam na luta. Temos várias Deputadas, várias mulheres em papéis importantes que lutam pelos direitos das mulheres. A luta ainda continua”, reafirma Magali Romero Sá.

Faculdade em Paris

A ativista Bertha Lutz, conforme explicam as pesquisadoras, se formou em ciências naturais na Universidade de Paris em 1918, e, posteriormente, em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro /UFRJ, em 1933. “Ela queria mesmo aprender com o pai”, diz Silvana Calixto. Em sua carreira como bióloga, ajudou a catalogar mais de 4 mil espécies de anfíbios, espécie na qual ela se especializou na Faculdade, e foi de extrema importância para os estudos de botânica brasileiros. 

Bertha foi criada na Europa, sua infância e adolescência foram no continente, e assim, a cientista cresceu em contato com o modelo feminista e político do local. Quando retornou ao Brasil em, 1918, Bertha prestou concurso público e se tornou Secretária e Pesquisadora do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Ela foi a segunda mulher a ocupar o cargo de serviço público no Brasil e isso gerou um choque de realidade na bióloga. “A Bertha lutou pela igualdade do voto, diminuição de carga de trabalho. Ela lutou, por exemplo, pela licença maternidade de 3 meses. Os direitos que temos hoje têm muito dela”, diz Silvana Calixto. “Ela queria aprender com o pai. Ela pedia para ficar com o pai. Nas correspondências, ele dizia que não era para ela voltar ainda para o Brasil. Mas acabou voltando. Além de bióloga, Bertha formou-se em Direito. Tinha facilidade com línguas”, afirma a pesquisadora do **IAL.

As pesquisadoras entendem que Berth Lutz abriu os olhos dos brasileiros para a situação da Mulher. “As lutas sobre as questões de gênero têm muito do legado dela.  Ela foi inteligente para convencer os políticos. Bertha Lutz não se casou nem teve filhos. Viveu pela luta e pela ciência. Seu irmão, Gualter, também não se casou e não teve filhos, e faleceu em, 1966.

Em 2021, a HBO lançou o Documentário “Bertha Lutz — A Mulher na Carta da ONU” que conta sobre o importante legado da bióloga e ativista feminista brasileira em relação para com as questões de gênero, para que fossem contempladas na Carta base da Organização das Nações Unidas /ONU. Segundo as diretoras do filme, a argelina Fátima Sator e a norueguesa Elise Luhr Dietrichson, em entrevista, a ideia do documentário surgiu a partir das pesquisas de ambas sobre Bertha ao encontrarem uma série de cartas escritas pela bióloga. 

FC/Pesquisa e Produção Editorial por: Wilson Rodrigues de Andrade. 8- Março - 2025


  Há de se agir! É necessária a consciência Pacifista na atualidade! A PAZ é construída! Parte integrante da Coletividade Humana. Ideário d...