IPHAN.
Oito Décadas de serviço ao Brasil.
*Wilson Rodrigues de Andrade/FC.
Há 84 Anos, antes
que qualquer outro País do Continente
Americano, o Brasil criou uma Lei e uma Instituição Federal para identificar,
proteger e valorizar nosso vasto e diverso PATRIMÔNIO
CULTURAL.
Essa iniciativa, de
forma distinta das experiências internacionais, não estava ligada a saudosismo
ou ao culto do passado: a criação do Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional / IPHAN- foi obra dos
intelectuais modernistas que propunham a valorização do País, da Cultura e das
Artes brasileira e suas expressões populares. Disse: Luiz Fernando de
Almeida/Presidente do IPHAN, a época
dos 70 anos do Instituto.
Cidades Históricas
como: Ouro Preto, Salvador, Olinda, Goiás e São Luiz, lugares como o Santuário
do Bom Jesus em Congonhas do Campo, edifícios como o Paço Imperial no Rio de
Janeiro, fortalezas como a dos Reis Magos em Natal, conventos como o de Santo
Antônio em João Pessoa, sítios arqueológicos
como o da Igreja Jesuítica de São
Miguel das Missões se preservaram pela ação continuada e perseverante do IPHAN,
entre inúmeras outras obras e sítios desaparecidos ou descaracterizados.
O Instituto tem sob sua Proteção cerca de 20 mil Edifícios
Tombados, 83 Sítios e Conjuntos Urbanos, 12.517 Sítios arqueológicos Cadastrados,
mais de um milhão de objetos arrolados, incluindo o Acervo Museológico, cerca
de 250 mil Volumes Bibliográficos e
vasta Documentação Arquivistas.
Os Registros recentes
do Patrimônio Imaterial brasileiro já levaram ao Reconhecimento pela UNESCO/ Agencia das Nações Unidas para a
Educação, Ciência, Cultura e Tecnologia – do Samba de Roda do Recôncavo
Baiano e de Arte gráfica e Pintura Corporal dos Índios Wajãpi do Amapá
como Obras-primas do Patrimônio Oral e Imaterial da
Humanidade.
Os numerosos Desafios
decorrentes da atuação em um universo dessa magnitude precisam ser
compartilhados. Além da responsabilidade pela Conservação de todo o Patrimônio
Protegido, estão os Desafios da Sustentabilidade, da Dinâmica dos Processos Culturais, dos valores a se considerar
no reconhecimento do Patrimônio que se constrói e até da própria criação do PATRIMÔNIO. ...desafio do IPHAN é equivalente ao seu Legado.
Romper o Olhar único sobre o Patrimônio
luso, ampliar nossas Ações na Preservação da Memória Indígena e Legados de
diversas Localidades de Comunidades Quilombolas, do Conhecimento Tradicional,
da Arquitetura, diz-se da Língua, do Idioma de um País /vernaculizar, do
Patrimônio Industrial, compreender o Patrimônio como suporte para políticas
sociais, enfrentar a fiscalização do objeto Tombado são algumas Questões que
possibilitam uma Realização simbólica do que se pressupõe como PATRIMÔNIO BRASILEIRO.
Essa
ampliação conceituosa também permite focalizar o PATRIMÔNIO, para além de seu Reconhecimento, na Escala de Valores Coletivos como fundamento determinante do Projeto de Desenvolvimento que se
redesenha para o Brasil com seu vasto Território.*WRA/
Rodrigo Melo Franco de Andrade/Legado e História. O advogado, jornalista e escritor, Rodrigo Melo Franco de Andrade, nasceu em 17 de Agosto de 1898, em Belo Horizonte. Foi Melo Franco de Andrade – Redator-chefe e Diretor da Revista do Brasil. Na política, foi chefe de gabinete de Francisco Campos, atuando na Equipe que integrou o Ministério da Educação e Saúde do governo Getúlio Vargas. O grupo era formado por Intelectuais e Artistas, eles os herdeiros dos ideais da Semana de 1922. Rodrigo Melo Franco de Andrade comandou o IPHAN, desde sua fundação em, 1937, quando ainda era chamado de Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – SPHAN. Pouco antes de sua morte, em 1969, ainda prestava depoimentos à imprensa e comparecia a eventos ligados à sua experiência no SPHAN. O Prêmio foi criado em 1987, em reconhecimento a Ações de Proteção, Preservação e Divulgação do Patrimônio Cultural Brasileiro. Seu nome é uma Homenagem ao primeiro Dirigente da Instituição. Saiba mais sobre o Prêmio Rodrigo Melo Franco Andrade.
A
responsabilidade pela Proteção do Patrimônio
Cultural do Brasil deve ser da Nação e tão prestigiada quanto à pretensão
do grau de singularidade e de Autonomia do nosso Processo de inserção como Civilização
do Mundo. Muito se realizou nestes 84
anos de criação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, e marca
pelo início do Processo de sistematização que permitirá tornar efetivo o
preceito Constitucional que determina o compartilhamento da responsabilidade de
Preservar o Patrimônio Cultural Brasileiro.
O então, Ministro da Cultura, Gilberto Gil, (nos 70 Anos do IPHAN), acentuou que o estabelecimento de um Sistema Brasileiro de Patrimônio, com
as estruturas federativas do País e da Sociedade Civil deverá
estabelecer um Marco Institucional nesse direcionamento para as Políticas Culturais para o Brasil. (Pesquisa e organização de Texto: *Wilson Rodrigues de
Andrade/Produtor Cultural C/DEDAC- N-PED - Folha Cultural.)
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