Caminhos Ferroviários e com Saudades...
*Irene Lopes Guimarães
Até
o governo de Juscelino Kubitschek as
nossas ferrovias forma bem cuidadas e sempre progrediram. Entre os últimos
presidentes, os que mais zelaram por nossas ferrovias foram Vargas e JK. De lá
para cá só foram decaindo, contudo, a Ferrovia
do Aço tenha sido uma obra de orgulhar nossa Engenharia Ferroviária e
fortalecer nossa economia na área de mineração. A Ferrovia do Aço foi uma
grande realização de causar orgulho a qualquer braseiro patriota. Eu a conheço
tive o orgulho e a alegria de ter passado por ali, em uma exclusiva viagem,
gentilmente concedidas aos velhos ferroviários aposentados do antigo 3º. Depósito de Três Rios (Estado do Rio
de Janeiro – Brasil), que ficaram visivelmente emocionados em conhecer a
grandiosa Via de escoamento de nossa riqueza mineral. Participei da histórica
viagem em companhia de meu saudoso esposo Waldir
da Silva Guimarães, com a finalidade de registrar jornalisticamente todo o
percurso da viagem. Waldir, como apaixonado ferroviário que sempre foi, a todo
instante me cobrava registro de tudo, nos mínimos detalhes, até das metragens
dos trilhos e quantidade de dormentes que ali foram empregados. Um trabalho
para ficar na história. Descrevendo aquela matéria jornalística, resolvi falar
sobre outra, não menos valiosa, e que neste último, 29 de Março de 04,
completaram seus 106 anos, o Viaduto Paulo de Frontin, considerado uma das mais
extraordinárias obras de engenharia ferroviária do Brasil em todos os tempos. O
importante Viaduto esta localizado nas proximidades da Estação Vera Cruz, tendo
sido inaugurado em 29 de Março de 1808,
notável trabalho dos engenheiros Paulo de Frontin e do João Alberto Masô, que
conseguiram com competência inigualável erguer naquela Serra o único Viaduto
Ferroviário em curva, do mundo! Contendo o total de 82 metros de comprimento e
34 metros acima do leito do Rio Santana, toda essa Obra fora montada no próprio
local através dos grandes módulos de ferro, vindo da Bélgica com medidas e
formatos especialmente desenhados pelos engenheiros brasileiros construtores de
tão importante arquitetura ferroviária. Tanto assim que, disposto a preservar o
notável monumento, o prefeito Roberto de Almeida , em 1997, aprovou a Lei No. 1.552 que Tomba por interesse
urbano, social e paisagístico todo o Viaduto quanto as Pontes ferroviárias de
Monte Líbano, Arcádia e Santa Branca.
Nesta mesma Lei, foi incluído o Tombamento das
estações de Gov. Portela e Miguel Pereira. Como é triste que matassem os tempos
áureos das nossas ferrovias, que
transportavam nosso povo num romantismo sadio, folclórico, progressista e
alegre.
Atualmente os trens tal qual cobras metálicas se
arrastam levando nossas riquezas minerais, mas vão também carregados de
saudades e protestos de brasileiros que sabem que o Brasil só vai ser um País
de 1º. Mundo, o dia que passar a trafegar sobre os “Caminhos Ferroviários”. Três
Rios, 31 de Março de 2004.
De: *Irene Lopes Guimarães/ Escritora e Jornalista trirriense. (Editado
por, Wilson Rodrigues de Andrade/FC.)
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